Vários portugueses aventuraram-se sobre rodas pelas inóspitas dunas e pedras do Saara, mas só Carlos Sá, de mochila às costas, o conseguiu a pé, chegando ao ''top ten'' na Maratona das Areias: 250 quilómetros em 24 horas.
O oitavo lugar na edição de 2011 da mais dura maratona do mundo, ''Marathon des Sables'' (terceiro entre os não africanos), fê-lo confiar ainda mais nas suas capacidades físicas, apesar da normal perda de oito a sete quilos na prova, mas sobretudo nas psicológicas, que definiu, em entrevista à Agência Lusa, como as essenciais.
''Vou voltar em abril, testar mais uma vez os meus limites. Consiste em correr 250 quilómetros em autonomia total, muito mais que uma prova, um verdadeiro teste aos limites do ser humano, em seis etapas, sete dias consecutivos'', explicou o atleta, que já tinha uma ocupação profissional radical: ''Fazia trabalhos verticais, permanentemente pendurado em fachadas e antenas, a fazer remodelações e limpezas''.