"Taynan não tem dignidade para envergar a camisola do Sporting"

"Não me interessa se é amarelo, se é encarnado. Aquilo não se enquadra nos valores do Sporting"

A situação ocorreu quando, na condição de suplente, Taynan invadiu a quadra de jogo para interromper um contra-ataque promissor dos encarnados, num momento em que o resultado favorecia a turma de Alvalade por 3-2.

A atitude resultou na exibição de um cartão amarelo, por parte da equipa de arbitragem, e trouxe à tona questões relacionadas com a conduta dos jogadores durante os jogos. No centro da polémica está também o facto da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) ter atribuído o prémio de Homem do Jogo a Taynan.

Carlos Barbosa da Cruz, uma figura respeitada no universo desportivo, expressou publicamente a sua discordância com a atitude de Taynan. Para o presidente do Grupo Stromp, a ação do jogador leonino não está em conformidade com os valores e princípios defendidos pelos leões, considerando-a 'indigna e imprópria'.

Barbosa da Cruz foi ainda mais longe, afirmando que Taynan não possui a dignidade necessária para continuar a representar o clube de Alvalade.

"Eu, que defendo os valores e princípios do desportivismo e do fair-play, o Taynan nunca mais jogava no Sporting", começou por dizer o conhecido adepto do Sporting, em declarações na CMTV.

"Na minha ótica, Taynan era dispensado já e não voltava a envergar a camisola do Sporting. Isto dito por um sportinguista, atenção."

"Não me interessa se é amarelo, se é encarnado. Aquilo que ele fez não enquadra nos valores e princípios que eu entendo que são os valores e princípios do Sporting", observou.

"O Benfica nunca veio disponibilizar-se para repetir a prova"

No entanto, apesar das críticas à conduta de Taynan, Barbosa da Cruz não concordou com a posição do Benfica, que solicitou a repetição da final da Taça da Liga de futsal.

O presidente do Grupo Stromp relembrou uma final de Taça da Liga em futebol, em que o Benfica saiu vitorioso diante do Sporting, expressando reservas em reconhecer ao clube encarnado autoridade para exigir a repetição da partida.

"O Benfica nunca veio disponibilizar-se para repetir a prova", lembrou o sócio sportinguista.

"Portanto, eu tenho alguma dificuldade em reconhecer ao Benfica essa autoridade nessa matéria e não vou entrar por outros campos do desportivismo porque não vale a pena", comentou Carlos Barbosa da Cruz.

Barbosa da Cruz salientou ainda que a interferência de Taynan não teve um impacto decisivo no resultado final do jogo.

"Eu acho que a interferência dele não foi decisiva numa jogada de tal modo perigosa que o Benfica ficou prejudicado num golo mais que provável", rematou.

Por outro lado, Taynan justificou a sua ação afirmando que agiu de acordo com o regulamento: "Joguei com o regulamento". Apesar disso, o jogador apagou uma mensagem em que explicava a sua perspetiva nas redes sociais.

Enquanto isso, o treinador de futsal do Sporting lamentou que o incidente tenha desvalorizado a vitória da sua equipa.