Presidente da Junta da Cruz Quebrada contesta Cidade de Futebol no Jamor

Depois de o projeto ter sido apresentado na quarta-feira pelo ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, a ''Cidade do Futebol'', que irá custar 10 milhões de euros, foi hoje criticada pelo presidente da Junta da freguesia local.

''O que irá acontecer é a criação de um condomínio privado do desporto nacional, onde o ministro Miguel Relvas se prepara para entregar o que deveria ser nacional às federações e à gestão municipal de Isaltino Morais'', afirmou Paulo Freitas do Amaral em comunicado.

O autarca local acusa ainda o presidente da Câmara de Oeiras de pretender ''interligar este projeto com outros de maior envergadura como é o caso do empreendimento 'Porto Cruz' também situado na Cruz Quebrada''.

Para Paulo Freitas do Amaral, a gestão do Jamor tem sido ''desastrosa'', lamentando que a piscina do Jamor tenha fechado e que a Câmara de Oeiras esteja ''mais preocupada com as tentativas infinitas da posse dos terrenos com a finalidade de construir desmesuradamente o negócio do imobiliário''.

''Esta piscina encontra-se fechada há quatro meses, após vários anúncios de reabertura. Os espaços abertos à comunidade encontram-se degradados e a Junta de Freguesia receia que, à semelhança do Governo PSD em 2003, haja uma leitura ideológica da utilização dos equipamentos e que a comunidade em geral deixe os deixe de utilizar'', conclui.

A Cidade do Futebol será feita em dois núcleos: O núcleo 1, onde está o 'core' da Cidade do Futebol, e o núcleo 2 destinado às equipas jovens, ao futebol feminino e às outras modalidades.

As duas áreas dividem-se por sete hectares. A primeira, a principal, para o treino, gestão e apoio logístico das seleções, e a segunda para os jovens e seleções femininas, orientado para a formação.

A estrutura inclui vários campos de treinos nas duas áreas e no primeiro existirá também um campo principal com bancada para mil espetadores.

Outra previsão para a Cidade do Futebol é que a mesma venha a agregar a logística da Federação Portuguesa de Futebol, que aí passará a ter os seus serviços e sede.

A conclusão do projeto está prevista para dezembro de 2013 e a adjudicação da obra deverá acontecer em janeiro de 2014, estimando-se um prazo de 18 meses para a execução dos trabalhos, pelo que a Cidade do Futebol poderá estar edificada, na melhor das hipóteses, no segundo semestre de 2015.

A construção deste espaço foi um dos principais pontos do programa de candidatura de Fernando Gomes à presidência da FPF e é uma infraestrutura há muito ambicionada pelo organismo.