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"Renovação faz lembrar 'Donas de Casa Desesperadas' mas numa versão mais fraquinha"

O FC Porto anunciou a renovação do contrato de Sérgio Conceição, uma jogada que coincide com a véspera das eleições presidenciais do clube azul e branco.

"Renovação faz lembrar 'Donas de Casa Desesperadas' mas numa versão mais fraquinha"
FC Porto

"Isto é um acto e uma jogada para, possivelmente, Jorge Nuno Pinto Costa ganhar", considerou Maniche, antigo jogador do clube.

Em vésperas de um dos momentos mais importantes para o futuro do FC Porto, a direção do clube, presidida por Pinto da Costa, confirmou a renovação do contrato do treinador Sérgio Conceição por mais quatro épocas, estendendo a sua ligação até junho de 2028.

Este anúncio surge num contexto particularmente sensível, dado que ocorre apenas dois dias antes das eleições para a presidência do clube, agendadas para o próximo sábado, 27 de abril.

Desde que assumiu o comando técnico dos dragões em 2017, Sérgio Conceição transformou-se numa figura central na estrutura do clube, onde alcançou a impressionante marca de 270 vitórias em 374 partidas e venceu dez títulos.

Sérgio Conceição superou também José Maria Pedroto como treinador com mais jogos no comando do FC Porto.

O novo contrato agora assinado, inclui uma cláusula que permite a rescisão por parte de Sérgio Conceição ou do novo presidente, caso Pinto da Costa não seja reeleito.

"Não é no fim de um mandato que se vai renovar com o treinador"

Todavia, declarações anteriores de Pinto da Costa e do próprio Sérgio Conceição indicavam uma postura de cautela em relação a decisões sobre renovação de contratos em períodos eleitorais.

"Acha que algum treinador de algum clube vai renovar o contrato sem saber com quem vai trabalhar?" comentou Pinto da Costa em novembro passado, ecoando um sentimento de prudência que parece ter sido ultrapassado pelos recentes desenvolvimentos.

"O presidente, que tem só 40 anos de presidência e é o mais titulado do mundo… não é no fim de um mandato que se vai renovar com o treinador", afirmou o treinador, a 2 de fevereiro.

"Não havia necessidade"

A renovação foi criticada por Maniche, ex-jogador do clube e actualmente comentador desportivo, que vê na decisão uma estratégia eleitoral.

"Esta novela de renovações do próprio Sérgio Conceição, do Francisco Conceição, do Galeno, dos tractores da Maia, da venda dos direitos comerciais, até à modalidade do surf, faz lembrar a célebre série ‘Donas de Casa Desesperadas’, mas numa versão mais fraquinha, digamos. Por isso, eu digo que não havia necessidade", afirmou Maniche em declarações na CNN Portugal.

"Por isso é que digo que isto é desesperante e não havia necessidade, porque não sabemos quem vai ganhar as eleições. Por isso é que digo que isto é um acto e uma jogada para, possivelmente, Jorge Nuno Pinto Costa ganhar, mas eu penso que poderá não ser um trunfo eleitoral, porque a nação portista, muitos deles, não está de todo, virada também para o técnico portista neste momento", concluiu.

O acto eleitoral deste sábado é de grande importância, não apenas para a direcção, mas para toda a comunidade portista.

Com três candidaturas principais à presidência – Pinto da Costa (lista A), André Villas-Boas (B) e Nuno Lobo (C) – e uma independente ao Conselho Superior por Miguel Brás da Cunha (D), os resultados irão definir o rumo do clube para os próximos anos.

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