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Sporting: O clube que compra e vende à velocidade da luz

A cedência do médio Gelson Fernandes ao Sion, pelo período de uma época e meia com opção de compra, serviu apenas para acentuar uma tendência que tem caraterizado a recente política de contratações do Sporting. O clube compra sem pensar, para vender ao desbarato e com uma precipitação ainda maior. Para quem está em crise (financeira e de resultados), pode ser uma brincadeira de risco máximo.

Sporting: O clube que compra e vende à velocidade da luz

Em agosto, Gelson Fernandes chegou a Alvalade com selo de craque. O jovem suíço, 26 anos, de origem cabo-verdiana, apresentou-se com dois anos de Premier League (Man City), dois anos de Ligue 1 (St. Etienne) e passagens na Série A, ao serviço do Chievo e da Udinese. Na altura, o sueco Sven-Goran Eriksson até fez questão de aprovar a contratação. «Gosto bastante dele. Treinei-o no Manchester City e no Leicester. A posição onde melhor rende é no miolo do meio-campo. Tem imensa energia, consegue passar um dia inteiro a correr, é agressivo e ganha muitas bolas. É um excelente jogador», analisou, aos microfones da Rádio Renascença, em julho de 2012.

Cinco meses mais tarde, expetativas completamente defraudadas. Gelson Fernandes cumpriu apenas seis partidas na Liga Zon Sagres e cinco na Liga Europa, sem apontar qualquer golo. Nunca conseguiu consolidar o seu lugar como titular no meio campo leonino – a tríade Sá Pinto, Oceano e Vercauteren não ajudou – e saiu pela porta pequena, com um empréstimo de ano e meio com opção de compra ao clube onde foi formado.

Fosse Gelson um caso isolado e estaria tudo muito bem no universo de Alvalade. O problema é que se trata de um exemplo recorrente e pouco benéfico para a imagem do clube e para a saúde das suas finanças: 1) para a imagem, porque qualquer jogador hesitará em rumar ao Sporting no futuro, com receio de dar um passo atrás na sua carreira profissional; 2) para as finanças, porque, nestes casos, o jogador sai sempre incrivelmente mais barato do que o preço que custou aquando da sua compra (não nos esqueçamos do peso dos salários, prémios, etc... Não há valorização, portanto.

O que há de comum entre Oguchi Onyewu, Evaldo, Matias Fernandez, Timo Hildebrand, Marco Torsiglieri, Alberto Zapater, Ricardo Baptista, Mexer, Sinama-Pongolle e Rodrigo Tiuí? Todos eles chegaram a Alvalade para ser solução e tornaram-se empecilhos, prejudicando a sua carreira e absorvendo fatias do orçamento do Sporting completamente desnecessárias. A culpa? Obviamente, da gestão danosa de Filipe Soares Franco e Godinho Lopes.

Um clube da dimensão do Sporting, que forma como poucos, não se pode dar ao luxo de gastar rios de dinheiro em jogadores que não são devidamente acompanhados quando chegam a Lisboa. Muitos deles, até se tratam de excelentes nomes, mas, como flores de jardim, murcharam por não serem devidamente regados e adubados.

Já é mau não aproveitar os jovens portugueses para apostar em estrangeiros, mesmo quando estes são valorizados numa futura venda, como já nos habituaram a fazer FC Porto e Benfica. Pior ainda, é ignorar a formação e não conseguir valorizar igualmente quem se compra a outros emblemas. A continuar, um erro que pode ter repercussões muito sérias!

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