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Euro2012: Portugal sem troféu para o pleno na fase de grupos

A seleção portuguesa de futebol passou a fase de grupos nas suas cinco participações na fase final do Europeu, mas do seu palmarés não consta nenhum troféu, apenas memórias de oportunidades desperdiçadas.

Euro2012: Portugal sem troféu para o pleno na fase de grupos

Do alto da sua pequenez geográfica, Portugal mostrou ao “velho continente” equipas “enormes”, mas que, na “hora h”, não conseguiram dar o último passo rumo ao título, especialmente em 2004, mas também em 1984 e 2000.

A formação das “quinas” disputou mesmo uma final, que, desgraçadamente, perdeu em casa, frente a uma Grécia à qual tinha de ter ganho, isto depois de, qual fotocopiadora, cair em duas meias-finais face à França, em ambas no prolongamento e depois de ter estado em vantagem.

É o “fado” luso nos Europeus, prova à qual Portugal ainda conseguiu chegar mais duas vezes, para cair nos “quartos”, perante a República Checa, em 1996, e a Alemanha, em 2008.

Curiosamente, os cinco desaires que ditaram os respetivos “adeus” aconteceram todos pela diferença, dois por 3-2 (com a França, em 1984, e a Alemanha, em 2008), um por 2-1 (França, em 2000) e dois por 1-0 (República Checa, em 1996, e Grécia, em 2004).

Para atingir estas fases adiantadas, a formação das “quinas” exibe, porém, um magnífico pleno de apuramentos em fases de grupos, alguns memoráveis, em especial o de 2000, ano em que mostrou a sua melhor “cara” de sempre.

A seleção lusa falhou consecutivamente o apuramento para os Europeus de 1960 a 80, apesar de, pelo meio, ter sido terceira no Mundial66 e de, entre portas, contar com uma das melhores equipas do continente, o Benfica, campeão em 1961 e 62 e “vice” em 63, 65 e 68... só com portugueses.

Em 1984, Portugal chegou, finalmente, a uma fase final, depois de um “duelo” até ao último jogo com a União Soviética, que sucumbiu a um penalti de Jordão, conquistado por Chalana, na Luz, isto depois de ter arrasado (5-0) o conjunto de Otto Glória em Moscovo.

O brasileiro demitiu-se após a goleada e foi Fernando Cabrita (mais Toni, José Augusto e António Morais) que levou Portugal às meias-finais do Euro84, depois de passar um grupo com RFA (0-0), Espanha (1-1) e Roménia (1-0).

Um golo de Nené selou as “meias”, nas quais Portugal começou a perder, mas deu a volta, já no prolongamento, com o “bis” de Jordão, oferecido por Chalana: o sonho esteve a cinco minutos, mas a anfitriã França ainda virou para 3-2, selado por Michel Platini, aos 119 minutos.

A presença de 1984 foi positiva, mas não teve seguimento, já que Portugal falhou os Europeus de 1988 e 92, para voltar em 96, pela primeira vez com a “geração de ouro”, e não mais primar pela ausência.

Portugal voltou a abrir com um empate (1-1 com a Dinamarca) e, depois, bateu Turquia (1-0) e as reservas da Croácia (3-0), para, nos “quartos”, sucumbir ao “chapéu” de Karel Poborsky, checo que viria a jogar no Benfica.

Em 2000, parecia impossível passar a fase de grupos, mas os comandados de Humberto Coelho fizeram história: começaram por virar de 0-2 para 3-2 com a Inglaterra e selaram o apuramento logo ao segundo jogo (1-0 à Roménia).

Já apurado, Portugal ainda teve tempo para afastar e humilhar a Alemanha (3-0, com um “hat-trick” de Sérgio Conceição), antes de afastar a Turquia, por 2-0, com um “bis” de Nuno Gomes, servido por Figo, e um penalti detido por Vítor Baía.

O então jovem avançado viria a dar vantagem a Portugal nas “meias”, no reencontro com a França, mas os gauleses conseguiram, novamente, a reviravolta, desta vez com Zinedine Zidane a decidir, com um “golo de ouro”, de grande penalidade, aos 117 minutos, após mão de Abel Xavier.

A formação das “quinas” foi, depois, a anfitriã do Euro2004 e começou da pior forma, com uma derrota perante a Grécia (1-2), que, quem diria então, voltaria a estragar a festa lusa, agora sem remissão, na final (0-1).

Entre os dois embates com os helénicos, Portugal, comandado pelo brasileiro Luiz Felipe Scolari, começou por superar a fase de grupos “in-extremis”, com um golo de Nuno Gomes à Espanha (1-0), após bater a Rússia (2-0).

Seguiu-se um memorável embate com a Inglaterra, resolvido, após 2-2 em intensos 120 minutos, na “lotaria” (6-5), com dois momentos para a lenda de Ricardo (defesa sem luvas e golo da vitória) e um de Hélder Postiga (penalti à Panenka, que teria custado o adeus).

O apuramento para a final, face à Holanda (2-1, com tentos de Cristiano Ronaldo e Maniche, este autor de um golo monumental), acabou por ser o mais fácil, até que tudo se desmoronou na cabeça de Angelos Charisteas.

Em 2008, Portugal repetiu 2000, ao começar com dois triunfos (2-0 à Turquia e 3-1 à República Checa), selando desde logo os “quartos”, mas, depois, desapareceu (0-2 com a Suíça, ainda na primeira fase, e 2-3 com Alemanha), no que constituiu uma despedida amarga para Scolari, já comprometido com o Chelsea.

Entre 08 de junho e 01 de julho, Portugal vai disputar a sua quinta fase final consecutiva e sexta da sua história, depois de só ter conseguido o apuramento num “play-off”, face à Bósnia-Herzegovina (0-0 fora e 6-2 em casa).

O objetivo, para já, é passar a fase de grupos, mas, como em 2000 (Alemanha, Inglaterra e Roménia), a tarefa parece bem complicada, com Alemanha, Holanda e Dinamarca. Paulo Bento e Cristiano Ronaldo têm a palavra.

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