À medida que a temporada se aproxima do seu desfecho, tanto os adeptos do Sporting como os do FC Porto aguardam ansiosamente pela oportunidade de erguer um troféu.
"É um homem sem valor. Deu gás aos jogadores do FC Porto e o que disse foi um vexame", criticou antigo capitão portista.
Para os adeptos do FC Porto, a final da Taça de Portugal representa não só a última oportunidade de conquistar um título nesta época, mas também a possibilidade de redimir um percurso que, apesar de promissor, ficou aquém das expectativas em várias frentes.
Sob o comando de Sérgio Conceição, os dragões procuram assegurar um lugar no pódio da Liga e acrescentar um troféu ao seu palmarés, encerrando a época com uma nota positiva.
Por outro lado, o Sporting, já consagrado como campeão nacional, enfrenta o desafio de conquistar a tão desejada 'dobradinha', unindo a Taça de Portugal ao título da Primeira Liga.
Esta possibilidade histórica não passa despercebida aos olhos dos leões e dos seus fervorosos adeptos, que anseiam por um feito que não se concretiza há vários anos em Alvalade.
No entanto, a anteceder este confronto decisivo entre leões e dragões, surgem tensões e declarações que alimentam o ambiente pré-jogo.
Neste sentido, o presidente do Sporting, Frederico Varandas, durante um jantar de celebração do título, deixou uma mensagem incisiva aos jogadores leoninos, exaltando a importância da final da Taça de Portugal não apenas como um jogo para vencer, mas como uma oportunidade para 'rebentar' com o FC Porto e alcançar a tão sonhada 'dobradinha'.
As declarações de Varandas não caíram bem no goto de Rodolfo Reis, ex-jogador dos dragões e agora comentador desportivo, que destacou que as palavras do líder dos leões representam um "vexame" e colocam ainda mais pressão sobre a equipa do FC Porto.
"É um homem sem valor, nada respeitador do adversário. Deu gás aos jogadores do FC Porto e o que disse foi um vexame", começou por destacar o antigo jogador dos dragões, em declarações à 'Rádio Renascença'.
"Fala-se hoje de presidentes mais jovens, mais cultos, mas ele é o maior incendiário do futebol português", atira o ex-treinador, sem tirar nem pôr", criticou.
O sócio azul e branco expressou a sua preocupação com a situação do clube azul e branco, enfatizando a importância das finais que se avizinham: a deslocação ao reduto do Sporting Braga, jogo que será decisivo para fechar a classificação da I Liga, e ainda a derradeira partida da prova rainha, no Jamor.
"Estou, de facto, apreensivo, porque o FC Porto está em convulsão interna. O FC Porto tem de ganhar ou ganhar. Se ficar em quarto e perder a Taça de Portugal, a época, desportivamente, foi muito fraca", lamentou o antigo jogador português.
Ora, para o encontro diante dos 'guerreiros do Minho', o FC Porto terá uma ausência de peso no banco de suplentes: Sérgio Conceição.
O técnico azul e branco viu Artur Soares Dias, árbitro do encontro dos dragões diante do Boavista, exibir-lhe o cartão amarelo e, por isso, irá falhar a deslocação à Pedreira. Para Rodolfo Reis, o FC Porto sai claramente prejudicado por esta situação.
"Um treinador no banco é muito importante. Até nisso o FC Porto, mais uma vez, foi prejudicado. Foi um ato imponderado do árbitro", argumentou o antigo capitão dos azuis e brancos.
Num contexto paralelo às emoções desportivas, o FC Porto enfrenta desafios fora das quatro linhas, nomeadamente relacionados com a operação "Bilhete Dourado".
Esta operação resultou na apreensão de milhares de bilhetes de jogos de futebol, uma quantia considerável de dinheiro e na constituição de vários arguidos. A situação despertou preocupações e exigências de esclarecimentos e punições, caso se confirmem irregularidades.
Rodolfo Reis, ao abordar esta temática, enfatizou a importância da integridade no desporto e a necessidade de transparência e justiça em todas as situações relacionadas com o FC Porto.
"É muito preocupante. Se algo for provado, que vá tudo lá para dentro. Se o protocolo deu azo a que houvesse jogadas nos bastidores, com o FC Porto a ser lesado, então que se castigue", rematou.