A justiça francesa condenou hoje o ex-ciclista norte-americano Floyd Landis a um ano de prisão com pena suspensa e o gigante energético EDF a pagar uma multa de 1,5 milhões de euros, ambos por espionagem informática.
A empresa pública Eletricidade de França foi condenada no âmbito de uma acusação de espionagem informática, em 2006, por parte da organização ecologista Greenpeace, num processo que acabou por arrastar o ciclista Floyd Landis e o seu treinador.
Dois responsáveis da EDF terão pedido a uma empresa privada para entrar no computador do ex-diretor das campanhas daquela ONG, Yannick Jadot, hoje deputado ecologista, num caso em que Landis e o treinador Arnie Baker também terão tido acesso ilegal ao Laboratório nacional de despistagem de “doping” (LNDD).
Os dois casos confluem no momento em que a justiça identificou o mesmo pirata informático e a situação teve origem numa queixa apresentada em 2006 pelo LNDD, com o laboratório a denunciar uma intrusão no seu sistema informático.
A investigação conduziu até Alain Quiros, de 39 anos e residente em Marrocos, e sobre quem recaiu a acusação de pirataria informática e de ter tido acesso a variada informação confidencial.
No âmbito desportivo, Landis e o seu técnico, que não marcaram presença no julgamento, foram considerados culpados de utilização de documentos pirateados em 2006 ao LNDD, com o objetivo de ter acesso a informação relativa a “doping”.
Numa declaração à Agência Associated Press (AP), depois do caso ter sido aberto no último mês, Floyd Landis escreveu que não tinha conhecimento do caso, exceto pela imprensa, e que nunca foi contactado pelo tribunal.