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Especialista da ONU defende presença de atletas russos militares

Os atletas russos que serviram ativamente na guerra na Ucrânia deveriam poder participar na cena internacional desportiva, caso não tenham cometido crimes de guerra, defendeu uma especialista da ONU.

Especialista da ONU defende presença de atletas russos militares

Alexandra Xanthaki, especialista da ONU para os direitos culturais e que aconselha o Comité Olímpico Internacional (COI), defendeu no domingo que apenas aos militares implicados em “alegações de crimes, genocídio, crimes contra a humanidade ou propaganda de guerra” deve ser negado um estatuto neutro.

A posição de Xanthaki deixou desagrados os atletas ucranianos que participavam numa consulta do COI, antes de serem anunciadas na terça-feira as orientações para os organismos desportivos, antes dos Jogos Olímpicos em Paris.

A Ucrânia e as autoridades desportivas do país pretendem que o COI proíba todos os russos de competirem em Paris2024, lembrando que a maioria dos recentes medalhados olímpicos russos integram as forças armadas do país.

No domingo, em publicação no Twitter, a advogada grega e professora de Direito, sublinhou que “um atleta que tenha estado na guerra deve ser incluído”, com um estatuto neutro, sem bandeira e hino.

“Não podemos responsabilizar todos os homens que participam em guerras ilegais fomentadas pelos seus países, seguindo ordens. Aqueles que cometem crimes, devemos”, especificou Alexandra Xanthaki.

A comissão executiva do COI vai decidir entre 28 e 30 de março as sanções à Rússia e Bielorrússia, o estatuto dos atletas de ambos os países e as medidas de solidariedade com a Ucrânia.

Os temas, relacionados com a invasão da Rússia à Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, vão ser discutidos em Lausana, Suíça, e na sequência da auscultação do COI aos seus membros, aos comités olímpicos nacionais, federações internacionais e desportistas, tendo como horizonte os Jogos Olímpicos de Paris2024.

O COI recomendou, em 25 de janeiro, a readmissão dos desportistas de ambos os países nas competições internacionais, desde que cumpram os princípios da carta olímpica e as regras antidoping, e “não tenham apoiado a guerra de forma ativa”.

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