O Governo do Togo decidiu hoje fazer regressar ao país a sua selecção de futebol, depois do atentado de sexta-feira em Cabinda, Angola, onde iria disputar a primeira fase da Taça das Nações Africanas (CAN2010).
''O Governo togolês decidiu chamar de regresso a sua equipa. Não podemos continuar nestas condições de drama a competir na CAN. É uma medida necessária porque os jogadores estão em choque'', afirmou o porta-voz governamental, Pascal Bodjona.
Pelo menos um treinador-adjunto da selecção do Togo e o responsável pela imprensa da equipa morreram no atentado de sexta-feira em Cabinda, reivindicado pela Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC).
O atentado ao autocarro em que viajava a selecção do Togo ocorreu junto à fronteira do Congo com Angola e no incidente terão ainda ficado feridas várias pessoas, entre as quais dois futebolistas.
O médio Moustapha Salifou já tinha referido que os jogadores do Togo desejavam abandonar a competição.
''Estou de regresso, juntamente com os meus colegas, ao centro de estágio em Cabinda, mas nós queremos todos ir embora'', afirmou o jogador do Aston Villa.
Em declarações ao site do clube inglês, Salifou adiantou que os jogadores queriam falar com o presidente da federação e com responsáveis da Confederação Africana de Futebol (CAF) para lhes comunicarem a sua decisão de ''não jogar''.
Segundo o médio, os jogadores deveriam deixar Angola ainda hoje.
A selecção do Togo tinha previsto um encontro segunda-feira em Cabinda com a selecção do Gana, pelas 19:30 locais (18:30 em Lisboa), no arranque do Grupo B da CAN2010.
A CAN2010 inicia-se domingo em Luanda com o encontro entre a selecção anfitrião, Angola, e a do Mali, decorrendo até 31 de Janeiro.