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Pandemia alterou hábitos de jogo online dos portugueses

Menor número de jogadores, procura de novas tendências e produtos e crescente procura por sites licenciados em território nacional: são estes os 3 vetores que pautaram o consumo dos jogadores online portugueses nos meses de pandemia.

Pandemia alterou hábitos de jogo online dos portugueses

“A necessidade aguça o engenho”: como todas as grandes verdades universais, esta não perde a sua força. E se há necessidade que possa aguçar o engenho, essa é aquela que advém de uma realidade nova e cheia de incertezas: um surto pandémico mundial.

Como não será de surpreender, o início da quarentena foi pautado por uma maior procura dos jogos de apostas online, possivelmente consequência de uma maior disponibilidade de tempo dos apostadores; a partir de junho, porém, essa tendência estagnou – o que ditou, feitas as contas finais, uma queda do mercado para este ano que termina.
Efectivamente, a pandemia, e a sua subsequente instabilidade, terminaram por ditar uma redução da percentagem total de jogadores online no ano de 2020, segundo dados da Associação Portuguesa de Apostas e Jogos Online (APAJO) - obtidos através de um questionário feito, em Agosto de 2020, pela empresa AXIMAGE, a 601 apostadores online.

O mesmo estudo da APAJO, apresenta-nos, ainda assim, o surgimento de uma tendência satisfatória: o crescente número de apostadores que opta por jogar, exclusivamente, em sites licenciados em Portugal.

Em 2020, estes representam 45,2% dos inquiridos, uma subida de 1.2% face ao ano anterior. A segurança é o motivo mais vezes apontado pelos inquiridos que optam por fazer as suas apostas em casinos online autorizados em Portugal, listados em estafa.info. De facto, para 71,5% dos inquiridos no questionário, esta é a causa mais vezes referida para justificar a sua escolha no que concerne a realizar as suas apostas, exclusivamente, em sites licenciados em Portugal.

Perante os dados acima referidos, não é de surpreender que a percentagem de jogadores que indica apostar, unicamente, em sites licenciados internacionalmente (5,6% dos inquiridos no questionário da APAJO) tenha registado uma redução. Porém, lamentavelmente, tal redução foi desimportante, fixando-se em escassos 0.4 pontos percentuais. Sendo esta uma tendência satisfatória a registar, é, ainda assim, não impactante – de momento.

A maioria dos jogadores inquiridos, porém, revela-se flexível nas suas escolhas no que concerne aos sites que utiliza, referindo que opta por jogar quer em sites licenciados em território nacional, quer em sites que apenas possuem licenciamento internacional para o fazer.

Segundo os dados da APAJO, 49,2% dos inquiridos refere não ter uma preferência no que concerne a jogar em sites nacionais e/ou internacionais e que opta por fazê-lo em ambos. Ainda que esta franja de indivíduos seja, de momento, a mais significativa – segundo dados do questionário realizado - verificamos que, face ao anterior, existiu uma redução de 0.8 pontos percentuais no que diz respeito ao número de indivíduos que opta por diversificar as suas escolhas no que concerne a sites de apostas, optando por sites nacionais e internacionais.

Numa primeira instância, o leitor poderá pensar que a escolha dos jogadores em apostar em sites que não estão licenciados em território nacional nasce de desconhecimento, mas, segundo dados do estudo feito pela APAJO, esta escolha é feita de modo consciente.

Analisando os resultados das respostas dos 601 inquiridos no questionário, verificamos que a esmagadora maioria dos respondentes - 92,8%, segundo dados obtidos pelo questionário da APAJO - refere conseguir distinguir quais são os sites que possuem licenciamento no território nacional e quais aqueles que não possuem licenciamento para a actividade.

Ainda que possam, de algum modo, representar uma menor segurança para os jogadores, os sites não licenciados em território nacional mantém-se como um foco gravitacional para muitos apostadores de jogos online, sendo que a escolha por jogar em sites internacionais é sustentada em argumentos como: a promessa de maiores lucros, uma maior rapidez de pagamento e os aliciantes bónus oferecidos.

Assim, vemos que muitos jogadores continuam a optar por jogar em sites internacionais - mesmo sabendo que estes podem representar um maior risco - pelos aliciantes benefícios que daí podem retirar.

Segundo o mesmo estudo da APAJO, outra das tendências que marcaram esta pandemia foi a procura por novos productos de apostas - 13,9% dos inquiridos no questionário referem ter aproveitado a pandemia para explorar novas opções de apostas.

Os impactos da pandemia, e a extensão dos seus danos, não implicaram, porém, unicamente os casinos online.

O encerramento dos casinos físicos no mês de março, a sua reabertura em junho e o seu posterior encerramento, em setembro de 2020 - sequência de um crescimento exponencial do número de infetados por Covid-19, ditaram a adoção de novas medidas por parte do governo, designadamente no que concerne à extensão temporal do licenciamento cedido a estes casinos.

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