Crónica: Braga cometeu menos erros e foi mais eficaz do que Setúbal

O primeiro erro comprometedor da defesa sadina aconteceu logo aos 13 minutos e custou um golo do Sporting de Braga, quando Pedro Santos, numa rotação na área, rematou e a bola, que iria sair por alto sem perigo para a baliza de Trigueira, foi embater no braço bem aberto do central Frederico Venâncio, que assim fez penálti evitável.

O mesmo Pedro Santos bateu o penálti e o Sporting de Braga passou a estar em vantagem, enquanto o Vitória se viu forçado a assumir mais a iniciativa e a correr mais riscos, tendo os 'arsenalistas' voltado a marcar por Stojiljkovic (66) e Rodrigo Pinho (87).

A reação dos sadinos foi imediata, instalaram-se no meio campo minhoto e passaram a ser mais pressionantes na frente de ataque, forçando o adversário a defender com o bloco mais baixo e mais compacto, situação na qual este se sentiu quase sempre confortável.

A maior pressão exercida pelo Vitória Setúbal até ao intervalo não se traduziu em oportunidades, mas em algumas situações de perigo relativo, às quais a defesa minhota foi dando conta, com maior ou menor dificuldade.

Na segunda parte, o Vitória de Setúbal entrou com a mesma disposição de chegar o mais rápido possível ao empate, perante um Braga que se mostrou sempre consistente a defender, mas o momento crucial do jogo aconteceu ao minuto 66, quando novo erro da defesa sadina deitou, praticamente, tudo a perder.

Mérito no lance para a pressão que a linha dianteira do Sporting de Braga exerceu numa saída de bola dos sadinos, o que obrigou Nuno Pinto a atrasar para o guarda-redes Trigueira, sem se aperceber da posição do sérvio Stojiljkovic, o qual se interpôs entre ambos e fez um golo fácil.

O Vitória de Setúbal nunca lançou a ‘toalha ao chão’ e lutou bravamente até ao fim, tendo José Couceiro mexido na equipa e arriscado tudo com as entradas de Thiago Alcântara, aos 72 minutos, Meyong, aos 77, e Bonilha, aos 86, mas o Braga tinha ‘a faca e o queijo’ na mão, desde que não cometesse erros comprometedores, para segurar o lugar na final.

Outro momento determinante no jogo, e que foi o ‘canto do cisne’ para os sadinos, ocorreu aos 72 minutos, quando o guarda-redes dos minhotos, Matheus, evitou o golo do Vitória, ao sacudir com o pé um remate, na primeira vez que tocou na bola, de Thiago Santana, que ia entrar rasteira junto ao poste direito da baliza bracarense.

A perder por dois golos, e fruto das alterações introduzidas por José Couceiro, o Vitória acabou por se desequilibrar e abrir muitos espaços nas costas da sua defesa, que o Sporting de Braga explorou para chegar ao terceiro golo, num lance de contra-ataque, por Rodrigo Pinho, após cruzamento de Ricardo Horta.