Portugal-Sérvia: Luz viu Portugal vencer nove jogos e perder o Euro2004

A 04 de julho de 2004, Portugal disputou no reduto do Benfica o mais importante jogo da sua história e perdeu-o, por 1-0, frente à Grécia, de nada valendo Cristiano Ronaldo, Figo, Rui Costa, Deco, Ricardo Carvalho, Pauleta, Nuno Gomes, Maniche ou Costinha. Prevaleceu Angelos Charisteas.

Além da única final da história da principal seleção lusa, Portugal só perdeu mais um, um particular com a Turquia, que ganhou por 3-1 a 02 de junho de 2012, somando mais dois empates e nove vitórias, com 26-10 em golos.

A formação das ‘quinas’ disputou os seus três primeiros encontros na Luz na fase final do Euro2004, o primeiro a 16 de junho, frente à Rússia, que Portugal venceu por 2-0, com tentos de Maniche e Rui Costa.

Após o desaire por 2-1 face à Grécia, no Dragão, na abertura da prova, o ‘onze’ de Luiz Felipe Scolari estava obrigado a vencer e conseguiu-o, com a ajuda da expulsão do guarda-redes Ovchinnikov, ex-Benfica e FC Porto, aos 45 minutos.

No jogo seguinte, Portugal bateu a Espanha por 1-0, em Alvalade, com um tento de Nuno Gomes, e voltou à Luz nos quartos de final, para um memorável embate com a Inglaterra, que teria sido digno de uma final, que seria arrebatado nos penáltis.

A formação inglesa adiantou-se logo aos três minutos, por Michael Owen, mas Portugal, já em risco total, com Deco a defesa direito e muitos avançados, chegou à igualdade aos 83, por intermédio do suplente Hélder Postiga.

No prolongamento, um ‘golão’ de Rui Costa deu vantagem a Portugal, aos 110 minutos, só que, aos 115, Frank Lampard apontou o segundo dos ingleses, forçando o desempate por grandes penalidades.

Depois dos falhanços iniciais de David Beckham e Rui Costa, Postiga teve o ‘desplante’ de um marcar um penálti à ‘Panenka’ com 4-5 (seria o adeus) e, mais à frente, Ricardo virou ‘herói’, ao deter, sem luvas, o 13.º pontapé da noite, de Darius Vassell, e marcar, ele próprio, o 14.º (6-5).

O terceiro jogo foi a final do Euro2004, à qual Portugal chegou após bater a Holanda por 2-1, em Alvalade. A festa estava montada para o maior feito do futebol luso, mas os gregos, cínicos, estragaram-na, vencendo por 1-0.

O regresso deu-se 11 meses depois e Portugal, num jogo importante de qualificação para o Europeu de 2006, venceu a Eslováquia por 2-0, com Cristiano Ronaldo a marcar pela primeira vez na Luz. Fernando Meira também faturou.

O quinto jogo aconteceu três meses e quatro dias depois e Portugal voltou a não ganhar, ao empatar a dois com a Polónia, num embate em que virou de 0-1 para 2-1 e, a três minutos do final, sofreu o 2-2, num autogolo de Ricardo.

No final de 2009, a Luz recebeu dois jogos de Portugal, na corrida ao Mundial de 2010: 3-0 à Hungria e, depois, 1-0 à Bósnia-Herzegovina, na primeira mão do ‘play-off’. O apuramento seria conseguido com novo 1-0, em Zenica.

A 17 de novembro de 2010, o reduto do Benfica ‘engalanou-se’ para receber a Espanha, então recém-vencedora do Mundial, e Portugal brilhou, goleando por 4-0, com um ‘bis’ de Hélder Postiga e tentos de Carlos Martins e Hugo Almeida.

Em 2011, a formação das ‘quinas’ voltou a escolher a Luz para dois dos últimos jogos de qualificação para o Europeu de 2012 e saiu-se, novamente, muito bem: 1-0 à Noruega e, no ‘play-off’, a 15 de novembro, 6-2 à Bósnia-Herzegovina, num triunfo que valeu o apuramento, depois do ‘nulo’ em Zenica.

Depois do desaire com a Turquia (1-3) na preparação para o Euro2012, Portugal venceu mais dois ‘grandes’ jogos na Luz, em 2013, na corrida ao Mundial de 2014: 1-0 à Rússia e, no ‘play-off’, 1-0 à Suécia, selado por Cristiano Ronaldo, que, depois viria a conseguir um ‘hat-trick’ em Estocolmo (3-2).