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Mundial-1990: Penalti fantasma acaba com Maradona e dá "tri" à Alemanha

O argentino Maradona voltou a ser, em 1990, o grande protagonista do Mundial de futebol, mas foi a República Federal da Alemanha (RFA) a chegar ao “tri”, em Itália, após uma final decidida por um penálti “fantasma”.

Mundial-1990: Penalti fantasma acaba com Maradona e dá "tri" à Alemanha

Novamente sem grande ajuda, exceção ao guarda-redes Sergio Goycoechea e ao goleador Claudio Caniggia, o “10” logrou levar os argentinos à final e o “milagre” só não terá sido consumado por culpa do árbitro mexicano Ernesto Codesal Mendez.

Na sequência de um “mergulho” de Rudi Völler na área, o mexicano assinalou grande penalidade e o defesa esquerdo Andreas Brehme selou de pé direito, aos 85 minutos, o “mentiroso” título da RFA, que já havia sido campeã em 1954 e 1974.

Foi o fim do sonho de um inconformado Maradona, que liderou uma Argentina ainda mais fraca do que em 1986 e que chegou à final dizimada por castigos, perante uma RFA bem mais forte do que há quatro anos e que foi a melhor seleção da edição de 1990.

Os alemães ganharam o seu grupo na fase inicial (4-1 à Jugoslávia, 5-1 aos Emirados Árabes Unidos e 1-1 com a Colômbia), bateram a Holanda nos oitavos de final (2-1) e a Checoslováquia nos “quartos” (1-0), sendo, depois, felizes nas meias-finais, que só ultrapassaram na "lotaria".

Frente à Inglaterra, Brehme adiantou os germânicos, aos 60 minutos, Lineker empatou, aos 80, e o jogo foi para prolongamento, que nada mudou, tendo a solução passado pelos pontapés da marca da grande penalidade - os ingleses falharam dois e caíram.

Ao seu dispor, o selecionador Franz Beckenbauer, já campeão como jogador (1974), teve uma série de jogadores experientes, como o guarda-redes Illgner, Matthãus, Klinsmann, Völler, Littbarski, Brehme, Hãssler, Augenthaler, Berthold, Kohler ou Buchwald, conseguindo formar um conjunto muito forte.

Mesmo tendo saído do Olímpico de Roma em lágrimas, para felicidade dos italianos, Maradona foi a incontornável figura da prova, por "pormenores", como a jogada "mágica" para Caniggia marcar o golo que afastou o Brasil (1-0, nos “oitavos”), e, sobretudo, pela meia-final com a anfitriã Itália.

O encontro foi em Nápoles e os napolitanos, que continuam a considerar Maradona um "Deus" - levou a equipa local, desprezada pelos clubes no Norte, a dois títulos italianos, ainda os seus únicos -, foram incapazes de o assobiar, não dando o habitual apoio à Itália, que "caiu" nas grandes penalidades.

Para este triunfo, como para os obtidos face a Brasil e Jugoslávia (3-2 nos "penáltis"), também contribuiu um inspirado Goycoechea, que entrou para a histórica como especialista a deter castigos máximos, mas não susteve, na final, o pontapé de Brehme.

Em casa, a Itália chegou a fazer papel de favorita, apoiada num fantástico duo atacante, composto por "Totó" Schillaci, que começou a prova como suplente e acabou-a como a grande revelação e o "rei" dos marcadores (seis golos), e Roberto Baggio.

A Inglaterra, orientada por Bobby Robson e com Gary Lineker (quatro golos) e David Platt (três) em grande evidência, também encantou, sendo apenas derrotada, para não variar, na "lotaria", isto após arredar a grande surpresa da competição, os Camarões.

O conjunto africano, com Roger Milla a brilhar aos 38 anos, venceu o grupo B (1-0 à Argentina, 2-1 à Roménia e, já apurada, 0-4 com a Rússia), superou depois a Roménia (2-0, nos "oitavos", com um "bis" do veterano) e "caiu" apenas no prolongamento dos "quartos", face à Inglaterra, obrigada a virar de 1-2 para 3-2.

No que respeita ao formato, a edição de 1990 foi idêntica à de 1986: seis grupos de quatro na primeira fase, seguindo-se os jogos a eliminar, para os quais se apuraram os dois primeiros colocados de cada agrupamento e os quatro melhores terceiros.

Em termos globais, os espetáculos proporcionados pelas 24 seleções, entre elas as estreantes Costa Rica, República da Irlanda e Emirados Árabes Unidos, foram pobres, o que se refletiu nos golos: 115, em 52 jogos, a pior média de sempre (2,21).

O segundo Mundial em território transalpino, depois do realizado em 1934, decorreu nas cidades de Roma, Milão, Bari, Nápoles, Turim, Bolonha, Florença, Génova, Verona, Cagliari, Palermo e Udine, entre 08 de junho e 08 de julho.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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