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Direção de Informação da Antena1 repudia agressões a dois jornalistas

A direção de Informação da Antena1 repudiou hoje ''veementemente'' a agressão contra dois profissionais da estação no sábado à noite, após o jogo do Porto com o Benfica, levado a cabo por adeptos do clube do norte.

Direção de Informação da Antena1 repudia agressões a dois jornalistas

A RTP irá ''proceder judicialmente contra os adeptos responsáveis pelas agressões e pelos danos causados à viatura da Antena1'', acrescenta um comunicado da direção de Informação (DI) da RDP/Antena1.

Também o Sindicato dos Jornalistas lamentou e repudiou hoje a ''agressão de que foram alvo um jornalista e um técnico de som ao serviço da RDP/Antena 1 por adeptos do Futebol Clube do Porto (FCP)''.

Em comunicado, o SJ apelou às entidades competentes e às forças da manutenção da segurança e da ordem públicas para que ''criem condições de proteção e socorro das equipas de reportagem que cobrem eventos desportivos''.

''A violência com que se produziram as agressões, obrigaram o jornalista Fernando Eurico e o técnico de som Manuel Augusto a receberem tratamento hospitalar'', indicou a DI da RDP/Antena1.

Os dois elementos da Antena1 acompanharam o jogo e preparavam-se para realizar a cobertura dos momentos de festa que sucederam à vitória do FCP, quando foram surpreendidos por um grupo de adeptos do Porto que os ''agrediram verbal e fisicamente, sem motivo, sem razão, num puro ato de violência gratuita, impedindo a realização do seu trabalho'', descreve o texto da DI da estação pública de rádio.

''Não fora a intervenção de outros adeptos do Porto, para quem a violência também é intolerável, e as consequências poderiam ter sido mais graves'', acrescenta o comunicado.

''O comportamento do grupo de adeptos do Porto que levou a efeito as agressões desprestigia o desporto e em concreto o futebol'', considera a DI da RDP/Antena1, acrescentando que ''o futebol não merece adeptos assim''.

Também a Comissão de Trabalhadores da RTP/Porto exigiu hoje o apuramento de responsabilidades sobre as agressões a dois colegas após o jogo Porto-Benfica e acusou ''agentes públicos'' de ''ajudarem a destruir a imagem de credibilidade'' da empresa.

A sub-comissão de trabalhadores da RTP/Porto informou que os dois colegas, trabalhadores da RTP/Porto, “foram barbaramente agredidos quando estavam em pleno desempenho das suas funções” e exigiu que sejam “apuradas todas as responsabilidades”.

Em declarações citadas pelo portal eletrónico do jornal Record, Fernando Eurico, o jornalista agredido, descreveu a situação, que ocorreu quando ele e o técnico de som, Manuel Augusto, se preparavam para sair à rua para recolher depoimentos de alguns adeptos.

''Uma situação inacreditável. Estava a colocar o equipamento para fazer a reportagem móvel no estádio, eu e o Manuel Augusto, quando fomos violentamente agredidos por um adepto. Depois, logo a seguir, vieram outros, que continuaram a agredir fisicamente e com insultos. Além disso, foram dando pontapés no carro, impedindo-nos de sair'', descreveu o jornalista.

Fernando Eurico referiu ter sido ''uma situação absolutamente lamentável'' e acrescentou: ''O Manuel está todo 'rebentado' e eu também apanhei bastante. Pouco depois, fomos aconselhados por outros adeptos do FC Porto, esses bem mais calmos, para abandonar o local''.

''É uma situação que faz repensar se vale a pena continuar a trabalhar nisto. É o reflexo dos adeptos que temos, neste caso um do FC Porto, que incendiou os ânimos. Trabalho há 25 anos nisto, sempre tive boas relações com toda a gente... Parecia um filme de terror!'', concluiu.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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