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Túnel Luz: PSP conclui «mau estar» do FC Porto provocado por seguranças

A investigação da Polícia da Segurança Pública (PSP) sobre os incidentes no túnel do estádio do Luz, a 20 de dezembro de 2009, concluiu a existência de ''mau estar'' na equipa do FC Porto provocado pelos seguranças.

O relatório da Divisão de Investigação Criminal da 3.ª Esquadra da PSP, baseado no qual o Ministério Público (MP) proferiu acusação contra Hulk, Sapunaru, Fucile, Helton e Cristian Rodriguez, refere que ''a constante identificação e acompanhamento do 'staff' do FC Porto (...), bem como o impedimento a determinados acessos, não era normal''.

''É certo que tal situação criou mau estar no 'staff' do FC Porto'', concluiu a investigação, realçando que as supostas atitudes dos seguranças foram testemunhadas ''por elementos policiais''.

A conclusão da investigação, a que a agência Lusa teve acesso, salienta que Sandro Correia, um dos dois autores da participação judicial, impediu ''a passagem de Fernando Oliveira [responsável pela segurança dos 'dragões']''.

Nota-se ainda que o assistente de recinto desportivo insistiu no pedido de identificação do delegado ao jogo do FC Porto, Reinaldo Teles, e negou a sua presença na manga do túnel ''por não estar devidamente credenciado para permanecer naquele local'', quando aquele elemento dos portistas tinha autorização para o exercício das suas funções.

Salienta a conclusão da investigação que o ''mau estar estará relacionado com o incentivo de Fernando Oliveira [elemento da comitiva do FC Porto encarregue da segurança] à desordem'', instigando os jogadores portistas ''para saírem do balneário'', comprovado com fotogramas extraídos de câmaras de videovigilância.

O apuramento dos factos permitiu ainda refutar a tese do 'staff' do FC Porto de que a saída dos jogadores do balneário foi motivada pelos elementos da equipa do Benfica ''entoarem cânticos e baterem com os pés'' com o propósito de afrontarem os portistas, derrotados por 1-0.

''Não corresponde ao verificado nas imagens, pois o visionamento não indica se é percetível qualquer batimento das botas'', refere-se.

Concluiu-se ainda na investigação que não foi possível constatar a ocorrência de ''injúrias entre ambas as partes'', porque as quatro câmaras de videovigilância no acesso aos balneários do estádio da Luz ''não são possuidoras de sistema de recolha de som''.

O MP deduziu acusações contra os cinco jogadores do FC Porto, depois de dar como provadas as agressões, com murros e pontapés, a Sandro Correia, que lhe provocaram traumatismo na face e num membro inferior, e a Ricardo Silva.

Os jogadores do FC Porto alegaram que foram injuriados e difamados pelos seguranças e requereram a abertura da instrução do processo.

Pelos incidentes no jogo da 14.ª jornada da temporada de 2009/10, a Comissão Disciplinar da Liga suspendeu Hulk por quatro meses e Sapunaru por seis e arquivou o inquérito ao guarda-redes Helton.

No recurso para o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, Hulk foi suspenso por três jogos e Sapunaru por quatro.

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