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Joaquim Evangelista apela a dirigentes para resolver gravidade da situação

O presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) lançou hoje um apelo aos dirigentes desportivos para que discutam a gravidade da situação vivida no futebol nacional, mobilizando-se para encontrar um modelo de funcionamento.

“Apelo aos dirigentes para que tenham consciência da gravidade da situação e que arrepiem caminho e se mobilizem. Da parte do sindicato há disponibilidade para o diálogo e para encontrar modelos de funcionamento”, afirmou Joaquim Evangelista em declarações à agência Lusa.

O responsável disse que o SJPF está disponível para a mobilização dos dirigentes, adiantando que a Liga já demonstrou também disponibilidade, pelo que “só é preciso que a Federação [Portuguesa de Futebol] assuma um papel de liderança, para que todos juntos possam fazer reformas”.

Joaquim Evangelista exemplificou o que acontece em Espanha, salientando que no país vizinho “estão a ser discutidas atualmente várias reformas”.

“Por cá, ainda não se vê nada de forma a antecipar os problemas”, desabafou o responsável.

É que, apesar de serem conhecidos os problemas salariais da Naval 1.º de Maio e do Varzim, Joaquim Evangelista revela que não são só estes dois clubes que estão com problemas, escusando-se divulgar os nomes dos restantes devido ao compromisso que assumiu em não denunciar os casos.

“Não é correto pensar que são só os dois casos (Naval e Varzim) com problemas financeiros. Não nos podemos iludir, a situação é muito grave. Não são só os pequenos clubes, são também os grandes que vivem dificuldades”, avançou.

Para Joaquim Evangelista o grande problema está nos pequenos clubes que se comparam com os chamados “grandes”, enquanto que os “grandes” se comparam com os europeus.

“Temos de ser criativos à nossa dimensão e não fazer comparações que não se podem”, lembrou.

Desta forma, o responsável recomenda que, no mercado de janeiro, os clubes nacionais não “aproveitem para fazer negócios”, mas de alguma forma “ajustem as contas do plantel ao campeonato que falta”.

“A atitude responsável era que olhassem para os jogadores portugueses. Este é o momento certo de nos virarmos para dentro. A maioria dos jogadores nacionais até lida com o incumprimento com elevação, não se queixa, tentando ficar do lado do clube, por isso há que apostar neles”, sublinhou.

Joaquim Evangelista lembrou ainda que “as chicotadas a nível de treinadores e jogadores não resultam, mas só vão agravar o problema”.

Hoje termina o prazo que os clubes têm de apresentar na Liga Portuguesa de Futebol Profissional os documentos comprovativos de que têm os compromissos salariais regularizados, incorrendo agora na pena de subtração de pontos, de acordo com o artigo 58.º A do regulamento disciplinar.

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