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Roger Schmidt "não quererá ficar dois anos à sombra da bananeira"

A eliminação do Benfica da Liga Europa desencadeou uma onda de contestação em torno do treinador Roger Schmidt. Apesar das críticas, o alemão parece determinado a continuar, enquanto os adeptos questionam o seu futuro.

Roger Schmidt "não quererá ficar dois anos à sombra da bananeira"
Maciej Rogowski / Depositphotos

"Não há nenhuma rescisão porque o Benfica não rescindirá o treinador”, afirmou Mauro Xavier.

Roger Schmidt, desde o inicio da presente temporada, tem sido alvo de intensa contestação por parte dos adeptos. Após a desoladora eliminação dos encarnados da Liga Europa frente ao Marselha, as críticas atingiram um novo patamar.

O treinador alemão, muitas vezes percecionado como alheio às expectativas dos adeptos, enfrenta agora um desafio decisivo em sua trajetória no clube.

Roger Schmidt, que parece todavia viver numa realidade distinta da dos adeptos. A falta de resposta às necessidades da equipa em momentos cruciais dos jogos levantam sérias questões sobre a capacidade do treinador em lidar com situações de pressão.

O técnico germânico, que chegou ao Benfica no início da temporada 2022-2023, numa aposta pessoal do presidente Rui Costa, conquistou um Campeonato Nacional e uma Supertaça. No entanto, a sua continuidade no clube é agora posta em causa, com rumores de uma possível rescisão contratual que implicaria o pagamento de 22 milhões de euros de indemnização.

"O Benfica simplesmente pagará ao Roger Schmidt enquanto ele não encontrar clube"

Perante todo este cenário, Mauro Xavier, conhecido adepto encarnado e comentador da CMTV, abordou a questão da continuidade do treinador na liderança da equipa técnica do Benfica na próxima temporada.

No programa 'Liga de Ouro', o sócio do Benfica tentou desmistificar o argumento que a saída de Roger Schimdt irá custar 22 milhões de euros aos cofres do clube da Luz.

"Eu acho que o Benfica, em nenhum cenário, vai propor a Roger Schmidt uma rescisão de contrato", avaliou Mauro Xavier, recordando o que aconteceu no passado com Jorge Jesus "que era o treinador e continuou a ser pago até encontrar um novo clube".

"Roger Schmidt tem mercado e encontrará clubes e não quererá ficar dois anos à sombra da bananeira, esta é apenas uma decisão de gestão que, do meu ponto de vista, terá muito pouco impacto financeiro. Porque estamos a falar de 3 ou 4 ou 5 meses.”

O sócio encarnado prosseguiu afirmando que é necessário afastar "a ideia que o Benfica não vai mudar treinador por causa deste valor. Este valor é um valor muito mais residual porque o Benfica simplesmente pagará ao Roger Schmidt enquanto ele não encontrar clube".

"Portanto, não há nenhuma rescisão porque o Benfica não rescindirá o treinador porque sabe fazer qualquer negociação normal com qualquer trabalhador”, finalizou.

As atenções do Benfica viram-se agora para a I Liga, onde as águias enfrentam o Farense no jogo quem encerra a 30ª jornada da competição. Na antevisão à partida, Roger Schmidt admitiu que "o mais provável" é o Benfica não ser campeão, que o Sporting está em “vantagem”, mas recusou desistir de lutar pelo título.

"Só depois de uma valentíssima autocrítica faz sentido discutir os lugares e as pessoas"

Por seu turno, Jaime Cancella de Abreu, também ele adepto do Benfica, utilizou a rede social Facebook para abordar, entre outras questões pretinentes no seio do clube encarnado, a questão do treinador.

Para ele, o problema do Benfica não se resume à questão do técnico sendo necessário fazer uma reflexão mais profunda do que aconteceu esta temporada.

“O caminho mais certo para que tudo fique na mesma é, portanto, limitar a discussão às opções táticas de Schmidt, às insuficientes e tardias substituições, à inconsequente gestão de recursos humanos do alemão", frisou.

Cancella de Abreu considera que "o Benfica precisa é de refletir – sem tabus, sem constrangimentos, sem que os umbigos e as quintinhas se sobreponham aos interesses coletivos – sobre os tiros que dá continuadamente nos pés, sobre as razões que o levam a dar esses tiros nos pés e porque é que, sendo quem de melhores condições dispõe, é quem menos vem ganhando."

"Só depois de uma valentíssima autocrítica faz sentido discutir os lugares e as pessoas – todas as pessoas, de cima a baixo, doa a quem doer, porque ninguém pode estar acima dos superiores interesses do clube”, concluiu.

Neste momento crítico, o futuro de Roger Schmidt no Benfica permanece incerto, enquanto o clube e os seus adeptos enfrentam uma encruzilhada decisiva em busca de um rumo para o sucesso.

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