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"Como é possível que o Benfica tenha mais recursos e jogue pior? Faz-me confusão"

No último domingo, o futebol português foi palco de um clássico que ficará gravado na história do desporto rei, isto depois do FC Porto, sob a liderança de Sérgio Conceição, protagonizar uma exibição notável ao golear o eterno rival Benfica por 5-0, na 24.ª jornada da I Liga.

"Como é possível que o Benfica tenha mais recursos e jogue pior? Faz-me confusão"
Benfica

"A atitude do presidente foi ‘à Benfica’ porque deu a cara e mostrou aos sócios que foi responsável", destaca ex-dirigente encarnado.

Uma vitória que não só recolocou os dragões na luta pelo título nacional, mas também abalou as estruturas do Benfica, gerando uma onda de críticas e análises profundas sobre o estado da equipa encarnada.

O Estádio do Dragão foi palco de uma verdadeira aula de futebol, onde o FC Porto dominou em todos os setores do campo. A eficácia clínica e o domínio tático demonstrados pelos azuis e brancos deixaram os adeptos portistas em êxtase, contrastando com a desilusão e incredulidade dos adeptos benfiquistas.

O Benfica de Roger Schmidt, que chegou ao clássico como líder isolado, viu-se completamente anulado pela intensidade e determinação que os dragões impuseram no encontro.

"Algum clube perde propósito? Não conheço nenhum no mundo, só se houver malfeitores"

A diferença gritante entre as duas equipas foi um dos principais tópicos de análise pós-clássico. Enquanto o FC Porto exibia caráter, coesão e uma abordagem tática coesa, o Benfica parecia destituído de agressividade competitiva, apatia que foi explorada e aproveitada ao máximo pelos portistas.

As escolhas táticas de Roger Schmidt, que já vinham a ser alvo de muitas criticas, foram postas a nu, agravando ainda mais a crise de confiança que se instalou no seio da equipa lisboeta.

Após a derrota, as declarações de Schmidt causaram polémica e indignação entre os benfiquistas. Ao afirmar que não tinha que pedir desculpas aos adeptos, pois a derrota não foi de propósito, o treinador alemão parece ter subestimado a insatisfação e o desencanto dos aficionados face ao desempenho da equipa.

"Rui Costa apetrechou a equipa com os melhores jogadores mas, o resultado é o que se está a ver"

As palavras de José Manuel Capristano, antigo dirigente do Benfica, refletiram a perplexidade perante a postura de Schmidt e a necessidade de responsabilização.

"Algum clube perde propósito? Não conheço nenhum no mundo, só se houver malfeitores. Um clube, quando perde, não é de propósito", começou por dizer o sócio das águias, em declarações ao site 'Desportivo ao Minuto'.

"Agora, que ele não queira pedir desculpa é diferente. Ele tem tido algumas teimosias com as quais não concordo, esta é mais uma", acrescentou, citado pelo site 'Glorioso1904'.

Capristano elogiou, no entanto, a atitude do presidente encarnado, Rui Costa, que assumiu a responsabilidade pela derrota perante os adeptos, mostrando-se triste e desapontado com o resultado obtido no Dragão.

"Mas acho que a atitude do presidente foi ‘à Benfica’ porque deu a cara e mostrou aos sócios que foi responsável. Estava triste", destacou o ex-dirigente do emblema da Luz.

"Gostava de perguntar a Schmidt qual é o clube que perde propósito. A exibição do Benfica também não foi de propósito, mas deve-se a alguém. E não foi a mim, que estava na bancada, a sofrer e a chorar", revelou Capristano.

A análise do antigo dirigente vai mais além, questionando como é possível o Benfica, com recursos consideráveis e jogadores de qualidade, apresentar um futebol tão desorganizado e desconexo.

A contradição entre a conquista do título na época anterior e a atual performance levanta dúvidas sobre o que realmente está a correr mal no seio do atual campeão nacional.

"Rui Costa apetrechou a equipa com os melhores jogadores mas, o resultado é o que se está a ver. Faz-me ainda mais confusão quando é o mesmo treinador que, no ano passado, foi campeão nacional, tendo feito jogos extraordinários", observou.

"Como é possível que o Benfica tenha mais recursos e jogue pior? Parece que os jogadores não se conhecem, está tudo fora dos lugares. Ainda estou dorido", frisou, antes de deixar um apelo à nação benfiquista.

"Nesta altura, os benfiquistas devem unir-se e apoiar a equipa incondicionalmente. Assobiar e criticar, neste momento, só vai piorar a situação. Temos de mostrar que somos diferentes dos outros", rematou José Manuel Capristano.

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