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"Tenho medo do que irá acontecer a Pinto da Costa se ele deixar o FC Porto. É o fim dele"

Numa cerimónia realizada no emblemático Coliseu do Porto, Pinto da Costa anunciou a sua recandidatura à presidência do FC Porto, trazendo consigo o lema "Todos pelo Porto".

"Tenho medo do que irá acontecer a Pinto da Costa se ele deixar o FC Porto. É o fim dele"
FC Porto

"A vida dele é o FC Porto. Meter aquele homem em casa...", observa antigo dirigente portista.

Este anúncio surge num momento delicado para o líder histórico dos azuis e brancos, que enfrenta um período de contestação, apesar de ser a única pessoa que liderou o FC Porto nos últimos 42 anos.

Assumindo a presidência em abril de 1982, Pinto da Costa procura agora o seu 16.º mandato consecutivo no emblema azul e branco.

Contudo, a possibilidade de uma derrota para candidatos como André Villas-Boas ou Nuno Lobo levanta questões sobre o futuro do presidente mais titulado de Portugal e a possível rutura de hábitos que isso acarretaria.

Ao longo de quatro décadas, Pinto da Costa moldou a história do FC Porto, tornando-se uma figura incontornável no futebol português.

No entanto, o atual período de contestação sugere que nem mesmo uma trajetória tão distinta o imuniza contra a insatisfação de parte dos adeptos portistas. O lema "Todos pelo Porto" reflete a tentativa de unir forças e superar as divergências internas que têm assolado o universo azul e branco.

A longa jornada de Pinto da Costa e a contestação atual

A contestação a Pinto da Costa centra-se, em parte, nos resultados recentes do FC Porto, principalmente a nível nacional, uma vez que a equipa comandada por Sérgio Conceição está em terceiro lugar, a 9 pontos do líder Benfica.

A ausência de títulos de campeão nacional nos últimos dois anos e as prestações menos convincentes nas competições internas têm alimentado vozes críticas.

No entanto, é inegável o impacto que Pinto da Costa teve na consolidação do FC Porto como um dos clubes mais bem-sucedidos de Portugal e da Europa.

O desafio eleitoral e a possibilidade de derrota aos olhos de Fernando Póvoas

A recandidatura de Pinto da Costa coloca-o frente a frente com outros candidatos de peso, como André Villas-Boas e Nuno Lobo. Este cenário representa um desafio significativo para o presidente em exercício, uma vez que a sua liderança ininterrupta poderá estar em risco.

A possibilidade de Pinto da Costa perder nas eleições de abril levanta questões sobre o seu futuro e como lidaria com uma eventual derrota.

"Quando não se está num lugar de destaque, aqueles falsos amigos fogem todos"

Ora, face a esta possibilidade, Fernando Póvoas, antigo dirigente e apoiante de longa data de Pinto da Costa, partilhou em conversa com o jornal 'Record' algumas reflexões sobre as eleições na Invicta.

Póvoas antecipa que uma derrota não seria simplesmente pela perda da presidência, mas sim pela rutura dos hábitos diários que caracterizam a vida dedicada de Pinto da Costa ao FC Porto.

Descrevendo a intensa rotina do líder máximo dos azuis e brancos, o ex-dirigente azul e branco expressa receios sobre como Pinto da Costa reagiria à mudança de estatuto.

"É o fim dele. De meio ano a um ano não está cá... E sabe porquê? Porque é daqueles que se levanta às 8 horas, vai ao juvenis, vai aos juniores, vai ao andebol, vai ao voleibol, ao basquetebol, depois tem reuniões à tarde... A vida dele é o FC Porto. Meter aquele homem em casa...", começou por dizer Fernando Póvoas.

O antigo dirigente alerta ainda para a solidão que pode surgir quando não se está num lugar de destaque, referindo-se aos "falsos amigos" que poderiam afastar-se de Pinto da Costa.

"E depois sabe, quando não se está num lugar de destaque... Aqueles falsos amigos, que andam muito à volta, fogem todos para o outro lado da rua. Tenho muito medo do que lhe irá acontecer se ele deixar o FC Porto", rematou o sócio portista.

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