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Uma mudança técnica operada já na segunda volta permitiu ao Estoril Praia ‘ganhar fôlego’ e regressar aos bons resultados, garantindo a manutenção na I Liga a duas jornadas do final.
Residiu na entrada do treinador Ricardo Soares, no final de fevereiro, o ‘momento-chave’ da temporada do clube da Amoreira, num momento difícil ao nível dos resultados, duas rondas depois de Nélson Veríssimo ter chegado a acordo para sair, em função de não conseguir reverter uma longa sequência sem vitórias.
O Estoril Praia protagonizou uma fase particularmente negativa entre a 10.ª e a 16.ª jornadas do campeonato, que resultou numa série de 10 jogos consecutivos sem vencer, que incluiu as eliminações das restantes provas, a Taça de Portugal e a Taça da Liga.
Para lamento dos ‘canarinhos’, a ausência de vitórias reduziu os níveis anímicos da equipa e esta viu-se remetida à disputa pela permanência no principal escalão do futebol nacional, apesar de nunca ter ocupado um lugar de descida.
Com a conquista de três vitórias com Ricardo Soares ao comando, sobre Gil Vicente, Santa Clara e Arouca, o Estoril Praia alcançou o objetivo a que se propunha no início da época, mais concretamente a continuidade na I Liga em 2023/24, liderado por uma ala direita em destaque.
O defesa Tiago Santos constituiu a grande revelação da época do Estoril Praia e uma das principais deste campeonato, tendo conquistado a titularidade na lateral direita e alinhado com uma consistência que o levou à conquista de prémios individuais.
Tiago Santos foi distinguido na passada semana como melhor jogador jovem do mês de abril pelo Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol.
Mais adiantado no terreno, o atacante Tiago Gouveia foi o jogador que mais se notabilizou, não apenas no capítulo dos golos como também no das assistências, confirmando as expectativas que alimentava no momento da sua chegada - por empréstimo do Benfica - e que se reforçaram quando o treinador dos ‘encarnados’, Roger Schmidt, elogiou o seu percurso ao serviço do Estoril Praia.
Por fim, em sentido contrário, os ‘canarinhos’ tiveram no médio Francisco Geraldes a principal deceção, com o criativo, que se encontra em final de contrato, a perder espaço na equipa com a chegada do novo treinador e a ver-se ultrapassado por companheiros de setor como João Marques, numa primeira instância, e, mais tarde, Rafik Guitane.
