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Crónica: Camarões despedem-se com triunfo inglório sobre Brasil alternativo

Um golo do jogador Vincent Aboubakar possibilitou hoje uma vitória inconsequente dos Camarões por 1-0 sobre o Brasil, já qualificado para os oitavos de final, em partida da terceira e última jornada do Grupo G do Mundial do Qatar.

Crónica: Camarões despedem-se com triunfo inglório sobre Brasil alternativo

No Estádio Lusail, no Qatar, o antigo avançado do FC Porto desbloqueou o ‘nulo’ graças ao seu segundo tento na prova, aos 90+2 minutos, e acabou expulso por acumulação de cartões amarelos durante os festejos, ‘apimentando’ um jogo melancólico, que, aliado ao êxito em simultâneo da Suíça face à Sérvia (3-2), ditou a ‘queda’ dos ‘leões indomáveis’.

Os Camarões falharam pela sétima vez, e sexta seguida, a presença na fase a eliminar, deixando a representação africana na prova restringida a Senegal e Marrocos, apesar de terem quebrado um ‘jejum’ de nove jogos e 20 anos sem nenhum triunfo em fases finais.

Invicto há 17 jogos, numa série iniciada a partir da derrota caseira diante da Argentina na final da Copa América, em julho de 2021, o Brasil aproveitou o contexto para descansar habituais titulares, redundando num inédito deslize com oposição africana em Mundiais.

O recordista de presenças e de títulos (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002) já não perdia na primeira fase há 24 anos (1-2 com a Noruega) e voltou a falhar o ‘pleno’ de vitórias pelo quarto torneio seguido, realidade que não se alastrava a uma edição inteira desde 1994.

O Brasil ‘segurou’ o topo da ‘poule’, com os mesmos seis pontos da vice-líder Suíça, mas melhor saldo de golos, contra quatro dos Camarões e um do lanterna-vermelha Sérvia.

Nos oitavos de final, Suíça e Portugal defrontam-se na terça-feira, às 22:00 locais (19:00 em Lisboa), em Lusail, um dia depois de, em Doha, no mesmo horário, o Brasil medir forças com a Coreia do Sul, orientada por Paulo Bento, que hoje bateu os lusos por 2-1.

Com a qualificação antecipadamente assegurada e a primeira posição à distância de um ponto, Tite manteve apenas o ex-portista Éder Militão e Fred face ao êxito sobre a Suíça (1-0) e concedeu a braçadeira de ‘capitão’ a Daniel Alves, que viveu uma noite especial.

Aos 39 anos, e em plena estreia na sua terceira fase final, o defesa direito voltou a jogar 69 dias depois para se tornar o futebolista mais velho a atuar pelo ‘escrete’ em Mundiais, igualando também Roberto Carlos como segundo com mais internacionalizações (125).

O Brasil precisou de 14 minutos para agitar um arranque conservador e procurar alguma ‘chama’ ofensiva, mas sem forçar o andamento, com Gabriel Martinelli a cabecear para intervenção de Devis Epassy, depois de um centro de Fred, que atirou por cima, aos 22.

Atentos à marcha do marcador no duelo entre Sérvia e Suíça, os Camarões raras vezes traduziram a sua necessidade de vencer em aproximações ao último terço, onde surgiu desde cedo Vincent Aboubakar, ‘suplente de luxo’ no empate face aos balcânicos (3-3).

Os africanos só se soltaram aos 45+3 minutos, quando o golpe aéreo de Bryan Mbeumo ao centro na esquerda de Moumi Ngamaleu esbarrou em Ederson, volvida nova defesa apertada de Epassy ante Martinelli (45+1) e um ‘tiro’ desenquadrado de Rodrygo (45+2).

Um remate cruzado ao lado de Aboubakar, aos 51 minutos, indiciou uma maior pressão aplicada pela formação de Rigobert Song a seguir ao intervalo, que seria ripostada com iniciativas de Rodrygo (53), Martinelli (56) e Éder Militão (57), todas paradas por Epassy.

Se Alex Telles, outro jogador com passagem pelo FC Porto, saiu lesionado nessa altura, as entradas dos suplentes Bruno Guimarães, Éverton Ribeiro, Pedro e Raphinha pouco melhoraram um desempenho parco em critério, rasgo e velocidade dos pupilos de Tite.

Christopher Wooh bloqueou o desvio letal de Guimarães na pequena área (84 minutos), ‘segurando’ a réstia de esperança dos Camarões, que seria revitalizada nos ‘descontos’, com o recém-entrado Jerome Mbekeli a arrancar na direita para o golpe de Aboubakar.

Expulso por ter tirado a camisola durante os festejos, o ‘capitão’ deixou em alvoroço os ‘leões indomáveis’, desejosos de um golo sérvio em Doha, que não surgiu nos instantes finais, numa altura em que o Brasil somava ‘falhanços’ de Martinelli e Bruno Guimarães.

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