Crónica: Sporting vence em Paços de Ferreira e fica mais perto da liderança

Para a 10.ª vitória dos 'leões' em 20 jogos na casa dos 'castores' para o principal campeonato foram decisivos os remates de Battaglia, aos 20 minutos, e de Gelson Martins, aos 75, mas os pacenses, que nunca se renderam, ainda reduziram por Marco Baixinho, aos 90, e mantiveram incerteza no resultado até ao final.

O empate cedido na véspera pelo FC Porto não pressionou mais o Sporting, desde cedo a procurar controlar o jogo, sem demasiadas pressas em chegar à baliza contrária e a explorar, na maior parte das vezes, os movimentos interiores de Acuña, um dos dois regressos ao 'onze' após lesão, e Gelson Martins.

O Paços, com duas linhas de quatro elementos mais próximas, fechava o espaço central, obrigando o Sporting a um ou outro movimento mais direto e menos consequente, e apostava nas saídas rápidas, explorando a mobilidade, velocidade e imprevisibilidade de Welthon e Mabil, que, aos seis minutos, testou a atenção de Rui Patrício, num remate em rotação à entrada da área.

Dois minutos depois, aos oito, Góis intercetou um lance de cabeça na zona dos contrais do Paços, mas o corte funcionou como assistência para Gelson Martins, que rematou às malhas laterais, no primeiro movimento ofensivo de relevo dos ‘leões’.

O futebol mais trabalhado do Sporting contou também com as subidas dos laterais, uma forma de iludir as marcações e criar desequilíbrios no meio campo defensivo pacense, que hoje se apresentou em campo com Bruno Santos no lado direito da defesa.

Sempre mais em jogo na esquerda, Fábio Coentrão, um dos melhores em campo, surgiu solto na esquerda aos 18 minutos e serviu Bas Dost no meio, Miguel Vieira falhou o corte, mas o internacional holandês preferiu puxar para o pé esquerdo em vez de rematar de primeira e, ante os festejos antecipados de golo dos adeptos, viu Mário Felgueiras negar-lhe o golo, que surgiria dois minutos depois.

Após um canto da direita, o guarda-redes pacense ainda conseguiu parar um primeiro remate de Coentrão, mas já nada pôde fazer face a Battaglia, num lance contestado pelos pacenses e do qual o vídeoárbitro, já com as duas equipas posicionadas no centro do terreno, disse, depois, ser legal.

O golo foi um duro golpe para a estratégia do Paços, mas os pupilos de Petit nunca baixaram os braços e reagiram bem à desvantagem, conseguindo até ao intervalo ameaçar por duas vezes a baliza de Rui Patrício, mas Mathieu, com um bom tempo de entrada, tirou a bola a tempo de Welthon, que, pouco depois, ainda assustou num remate em desequilíbrio dentro da área.

Para a segunda parte, o Sporting começou por apostar nas trocas de bola no meio campo pacense, longe da sua baliza, obrigando o adversário a desgastar-se e, nesta estratégia também de alguma forma de adormecimento, conseguia libertar Fábio Coentrão, sobretudo, e aos 65, o internacional português cruzou para Bruno Fernandes acertar no poste, numa espécie de ensaio do segundo golo, anotado por Gelson aos 75.

Pelo meio, o Paços, já com uma frente de ataque alargada, podia ter marcado numa jogada de Mabil, que logo a seguir acertou no ‘ferro’ da baliza de Rui Patrício, antes de Marco Baixinho, já nos descontos, e após alguma confusão na pequena área, anotar o merecido tento para os locais.

Após este jogo, que devolveu os ‘leões’ às vitórias no campeonato e assinalou o regresso de Bryan Ruiz, sem jogar pelos ‘leões’ desde 13 de maio de 2017, o Sporting segurou o segundo lugar, com 30 pontos, agora a apenas dois de distância do líder FC Porto, que, na véspera, empatou na visita ao Desportivo das Aves (1-1), e mais quatro do que o Benfica, que joga hoje com o Vitória de Setúbal.

O Paços de Ferreira, por sua vez, somou a segunda derrota consecutiva sob o comando de Petit e manteve 12 pontos, permanecendo na metade inferior da classificação.