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Hendrickx, o belga que viveu por dentro o sucesso da Islândia no Euro-2016

O futebolista belga Jonathan Hendrickx chegou esta época ao Leixões depois de quatro épocas no futebol islandês, país onde durante o Euro2016 fez de repórter para a imprensa belga.

Hendrickx, o belga que viveu por dentro o sucesso da Islândia no Euro-2016

O lateral, que em Massamá se estreou na primeira jornada da II Liga portuguesa, chegou a Matosinhos com o estatuto de bicampeão islandês, ao serviço do FH Hafnarfjordur, equipa que vai encontrar o Sporting de Braga na Liga Europa. Aos 23 anos, Portugal é o quarto país onde joga.

Nascido na periferia de Bruxelas, foi no Standard de Liège que deu nas vistas e aos 16 anos estreou-se na equipa principal, rumando depois ao Fortuna Sittard, da Holanda, para "poder continuar a jogar no escalão sénior", disse Hendrickx à Lusa.

Dois anos depois, surgiu o convite do "desconhecido" futebol islandês, acabando por deixar-se "seduzir pelo facto do FH ser o maior clube do país e ambicionar jogar nas provas europeias".

Nascido a 25 de dezembro de 1993, de ‘menino Jesus belga’ e ‘globetrotter’ pela sua ambição de querer conhecer o mundo, o lateral passou a ser um ‘viking’, descobrindo o "quão fácil é ser futebolista" na Islândia.

Apesar do campeonato decorrer entre abril e outubro, a "Liga de Verão" como gosta de chamar-lhe, Hendrickx gostou da experiência de um futebol "físico" e onde na maior parte das vezes "os jogos eram disputados sob temperaturas de 13 ou 14 graus".

O seu terceiro ano no FH coincidiu com o sucesso da seleção islandesa no Euro2016, em França, para onde, recordou viajaram 50 mil islandeses, regressando a casa apenas após a eliminação da sua seleção nos quartos de final.

Essa migração teve influência no campeonato local, explicando o jogador do Leixões que "quem era adepto de futebol estava em França", deixando "quase vazios" os estádios islandeses.

"Foi engraçado porque sempre que a Islândia jogava havia 50 mil islandeses no estádio, mais 50 mil concentrados em Reiquejavique e os restantes juntavam-se para assistir aos jogos em casa ou nos centros comerciais. Houve quem dissesse que a adesão foi de 99%", relatou Hendrickx.

O êxito islandês permitiu ao belga viver uma nova aventura, tendo aceitado o "convite de vários jornais belgas para fazer reportagens sobre o que estava a acontecer no país", revelou.

Mas se durante o Euro2016 o país viu mudar-se para França um sétimo da sua população, nove meses depois, lembrou o jogador do Leixões, "deu-se uma explosão de bebés".

"Até na minha equipa isso aconteceu com dois ou três jogadores", disse, por entre sorrisos, o defesa, lembrando "tempos incríveis" que o país viveu com repercussão, também, no interesse dos islandeses pelo "seu futebol".

Segundo Hendrickx, a caminhada da seleção em França "fez aumentar o interesse pelo futebol a nível interno", explicando que em termos de audiências televisivas "quem ficou a perder foram os campeonatos da Noruega, Dinamarca e Suécia, que eram muito seguidos na Islândia".

Admirador de Cristiano Ronaldo, que diz "ser o melhor do mundo, porque tudo nele é fruto de muito trabalho", ao contrário de Lionel Messi "em que tudo parece surgir com naturalidade, mas que nunca saiu do Barcelona", o reforço do Leixões descreve a Islândia como "igual a muitos outros países" nesse particular.

"Apesar do futebol lá ser muito físico, a opinião sobre quem é o melhor do mundo está muito repartida", disse agora em que o seu maior "problema são os 30 graus" em que tem de treinar e jogar.

Tendo deixado para trás "um salário mais alto, a aurora boreal e as cascatas", é no projeto de subida do Leixões que, assegurou, "quer agora focar-se" em mais uma viagem pelo mundo.

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