Declarações após o jogo entre o Vitória de Guimarães e o Desportivo de Chaves, da primeira jornada da I Liga portuguesa de futebol, que terminou com um triunfo vimaranense, por 3-2.
Pedro Martins (treinador do Vitória de Guimarães): "[A equipa] Não foge muito ao que foi o Vitória da época passada. É evidente que há nuances, mas vamos ter este espírito, esta entrega, esta qualidade de jogo, com o público a ajudar-nos. É este Vitória que queremos transportar para o futuro. Há aqui uma base boa que permite a jovens como o Vigário, como o Marcos [Valente], como o Hélder [Ferreira], como o Xande [Silva] crescerem de forma saudável e sustentada.
[O primeiro golo foi decisivo após uma má entrada?] O primeiro jogo em casa normalmente tem esta nuance. Atribuo muito mérito ao adversário, porque entrou personalizado, com qualidade e criou-nos dificuldades. A partir do momento em que fizemos o golo, a equipa ficou mais serena e partiu para 60 minutos de grande espetáculo. Estivemos sempre mais perto de avolumar o resultado naquele momento. A partir do momento em que o Chaves fez o golo, cresceu animicamente e não ficámos confortáveis no jogo.
É de salientar o grande jogo que fizemos. As duas equipas estiveram muito bem. Tivemos momentos de grande brilhantismo, de qualidade. Os últimos jogos já nos davam indicações que o Vitória pode transportar esta qualidade para os jogos.
[Os dois golos sofridos nos minutos finais] Têm a ver com o estado anímico. Ficámos perturbados. Não conseguimos gerir as fases e os momentos do jogo. É importante rapidamente crescermos para esse patamar.
Não [vai ser preciso fazer gestão do plantel no jogo com o Estoril-Praia, na segunda-feira]. Vou jogar com a equipa que pensar que é melhor. Nesta fase, não faz sentido [gerir] ".
Luís Castro (treinador do Desportivo de Chaves): "A sensação que me foi transmitindo a equipa, é que, se temos validado os nossos primeiros 20 minutos com golos, o jogo teria sido diferente. Houve essa desconfiança, ao longo do jogo de erros técnicos, que não poderiam ter acontecido.
O Vitória conseguiu fazer durante o período em que esteve bem aquilo que não conseguimos fazer, daí o resultado ter chegado a um ponto que era extremamente difícil voltá-lo ao contrário. Ainda conseguimos chegar ao 3-2. É daqueles jogos que mais 10, 15 minutos não assentavam nada mal no jogo. Infelizmente, o jogo acabou aos 93. Fica essa sensação de que começámos bem, houve um hiato e acabámos bem, embora mais com o coração do que com a cabeça.
O Vitória ficou um pouco surpreendido com a forma descomplexada como abordámos o jogo. Nesse período, criámos três possíveis situações de golo. O Vitória não nos surpreendeu tanto, mas nós surpreendemo-nos com erros que não são habituais acontecerem.
O Vitória fez aquilo que costuma fazer: circulação de bola curta atrás e procurar a profundidade e os cruzamentos rápidos, mal a bola entrava nos corredores laterais, para aparecerem vários homens de trás a preencher a área.
Os jogos em Guimarães são emocionalmente muito ligados das equipas aos adeptos. Foram os nossos adeptos que nos fizeram voltar ao jogo. Conseguimos responder com dois golos e ficámos aquém do que lhes queríamos, que era mais um golo, no mínimo, para chegarmos ao empate, mas a equipa do Vitória também esteve muito ligada aos adeptos, que a ajudaram a transformar em golos as oportunidades".
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