Euro-2016: Inglaterra - País de Gales (declarações)

Roy Hodgson (selecionador de Inglaterra): “Foi muito importante vencer este jogo, depois daquele golo da Rússia que nos roubou, nos descontos, uma vitória que merecemos (1-1 na primeira jornada).

Temos quatro pontos, em dois jogos, o que penso ser o mínimo que merecemos, face ao que produzimos.

O País de Gales defendeu excecionalmente bem, trabalhou muito e criou-nos muitos problemas para criar oportunidades, face aos muitos jogadores que tinha atrás da linha da bola no último terço.

Depois do empate no primeiro jogo, sabíamos que tínhamos de correr mais riscos e mostrar confiança no nosso jogo junto à área contrária. Os jogadores responderam bem”.

Jamie Vardy (autor do primeiro golo da Inglaterra): “Todos querem jogar de início, mas temos uma ‘super’ equipa. Estamos todos juntos. Quando saltamos do banco, queremos deixar a nossa marcar e eu hoje tive a oportunidade de o fazer.

Penso que jogámos bem. A mensagem (para a segunda parte) foi simples: se continuássemos a jogar da mesma forma, os golos acabariam por aparecer. Foi o que aconteceu.

Temos de encarar os jogos como eles se nos apresentam. Hoje, ganhámos e esperamos que aconteça o mesmo nos próximos”.

Daniel Sturridge (autor do segundo golo da Inglaterra): “É, verdadeiramente, um sentimento incrível ter marcado este golo e poder festejá-lo com os adeptos, num jogo que teve um ambiente incrível, entre os dois países.

Agradeço ao treinador por me ter dado esta oportunidade e a Deus por me ter permitido marcar. É genial.

Estamos contentes, mas não estamos eufóricos, pois todos os jogos do grupo são equilibrados e nada está feito.

Espero que nos qualifiquemos, mas o jogo com a Eslováquia vai ser complicado”.

Chris Coleman (selecionador do País de Gales): “Este é um dos piores momentos da minha carreira. A forma como perdemos, é difícil de aceitar, mas temos que nos levantar.

A Inglaterra fez-nos a nós o que a Rússia lhe tinha feito. Agora temos de ser nós a fazer o mesmo.

Os meus jogadores não mereciam esta deceção, pois, salvo um ou dois sustos, não concedemos muitas oportunidades à Inglaterra depois do golo do empate, no início da segunda parte.

A única crítica que se pode fazer aos meus jogadores foi terem recuado muito e terem-se precipitado quando tinham a bola, o que fez com que Bale jogasse muito isolado.

Apesar da derrota, tudo está em aberto no grupo”.

Gareth Bale (autor do golo do País de Gales): “Estamos, evidentemente, tristes, mas estou muito orgulhoso de todos os meus companheiros, que deram tudo o que tinham.

Disse sempre que se dessemos 100 por cento e fossemos eliminados, não tínhamos nada a lamentar, pois não podíamos fazer mais.

É certo que estamos muito tristes agora, mas, interiormente, continuamos a sentir-nos fortes e felizes. Queremos continuar a aproveitar esta experiência. Ainda temos um jogo pela frente e podemos qualificar-nos.

Sabíamos que se perdêssemos hoje continuávamos na corrida. Os nossos adeptos voltaram a ser fabulosos e vamo-nos continuar a bater pela qualificação”.

Ashley Williams (‘capitão’ do País de Gales): “É duro para todos perder um jogo desta forma, mas ainda nos resta o jogo de segunda-feira (com a Rússia). Foi uma reviravolta brutal, mas que não nos vai abater.

Estivemos muito perto de conseguir um ponto. Tem havido muitos golos tardios neste torneio.

Vamo-nos voltar a mobilizar. Temos três pontos, em dois jogos, e queremos vencer o próximo para seguir em frente”.