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Casillas e Aimar: Duas marcas de pleno direito

O futebol é hoje um espetáculo global. É uma indústria de milhões, repleta de conflitos, emoções, vitórias, derrotas, drama e, até, comédia. Tem, portanto, todos os ingredientes para gerar estrelas. E os jogadores de futebol são-nas, claramente. Como também são, ao mais alto nível, marcas de pleno direito. Casillas e Aimar são apenas dois exemplos que beneficiam as organizações e os contextos que lhes estão associados.

Casillas e Aimar: Duas marcas de pleno direito

Começando pelo novo guarda-redes do FC Porto, Casillas tem cerca de 24 milhões de seguidores no Facebook. O clube português não vai muito além dos três milhões. E vários milhares chegaram graças à contratação do internacional espanhol. Estes valores são suficientes para constatar, por exemplo, a forte componente emocional das marcas de atletas globais (no alcance geográfico e na diversidade de atributos, entre os quais a existência de uma marca assimilada e trabalhada).

Um futebolista como Casillas, por si só, consegue garantir um interesse e uma fidelidade supra-clubísticos. Por isso as grandes contratações têm, geralmente, um retorno interessante: para além das mais-valias desportivas, os atletas globais garantem vendas, notoriedade, entusiasmo e atenção. Para Casillas, o ingresso no futebol português terá sido motivado pelo desejo de triunfar desportivamente. Para o nosso campeonato e para o clube portista, os ganhos são muito mais diversificados. Quantas vezes a Liga Portuguesa e os dragões apareceram nos media globais e nas redes sociais por causa do antigo atleta do Real Madrid?

Um campeonato menos reputado, como é o caso do português, ganha grandemente – atenção, mediatismo, competição, etc. – com a chegada de um atleta de nível mundial. O mesmo sucede com o clube. O FC Porto tem aqui uma excelente oportunidade para expandir a sua reputação e a sua notoriedade. Casillas, muito provavelmente, será o navio-almirante das próximas ações de comunicação – formais ou informais – do clube portista.

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Apesar de todos os benefícios, também importa relembrar a importância de balizar expetativas: uma grande contratação equivale a uma ambição proporcional. O FC Porto terá, por isso, de conjugar a exploração de um trunfo com o enquadramento de expetativas elevadíssimas.

Já Pablo Aimar terminou oficialmente a carreira. Fê-lo por causa de problemas físicos. Os mesmos que impediram que o River Plate juntasse, na mesma equipa, El Mago, Javier Saviola e Lucho González. Contudo, a despedida de Aimar fica marcada pelas palavras de Messi. Afinal, este último, uma das maiores referências de sempre, considerou o antigo jogador do Benfica como um dos seus ídolos. O que é sintomático de algo verdadeiramente distintivo: Aimar representa uma aspiração a um jogar marcado pela arte. É, sem dúvidas, uma marca.

De facto, Aimar vai ficar sempre associado à genialidade, apesar das muitas contrariedades que enfrentou na sua carreira. O jogador argentino distinguia-se, como todas as melhores marcas, em tudo o que fazia: nos seus movimentos em campo, nos seus passes, por ter sido um dos últimos verdadeiros ‘10’, nas entrevistas... Por tudo isto, Aimar, tal como Casillas, é uma referência que vale por si. Representa algo com o qual muitos se identificam. Por isso é uma marca de pleno direito. Despediu-se dos relvados, mas continuará no imaginário futebolístico.

Este texto é resultado da colaboração semanal entre o Futebol 365 e o blogue marcasdofutebol.wordpress.com. Esta parceria procura analisar o desporto-rei a partir de um ângulo diferente: a comunicação.

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