O médio guineense Bafodé, que atuou na época transata no Aris Limassol, revelou hoje que o clube da II divisão cipriota de futebol tem cinco meses de salários em atraso.
Bafodé assinou com o clube cipriota em 2011/2012 por um ano com mais um de opção, mas no final de esta época o clube não exerceu o direito de opção.
“De um modo geral, a minha experiência no Chipre foi negativa. Em termos desportivos lesionei-me logo à segunda jornada e perdi dez jogos e em termos financeiros também foi má já que estão a dever-me salários relativos a cinco meses”, adiantou o médio de 29 anos que já passou pelo Louletano, Oliveirense e Estoril, em declarações ao sítio oficial do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF).
De acordo com Bafodé, o incumprimento salarial do clube, no qual atuam os portugueses Alberto e Comboio, foi uma realidade com que se deparou desde o início da sua chegada a Chipre.
“Nunca me pagaram o ordenado na totalidade. Desde o início da temporada que o salário foi a conta-gotas, pago aos poucos de cada vez, até que deixaram de me pagar a partir de dezembro”, frisou.
Na entrevista concedida ao SJPF, o médio guineense confessou que se sentiu iludido com as promessas feitas pelos dirigentes do Aris Limassol.
“Não tinha noção do que viria a passar. Ouvia-se falar de que o país estava a entrar em crise, fui avisado por alguns colegas para as dificuldades, mas não imaginei que as coisas corressem como correram. Estava iludido e só acreditei quando bati de frente. Só me aguentei graças às ajudas dos amigos. Era impossível aguentar-me de outra forma”, conclui o jogador.