Copa América: Paraguai e Equador completam «nulo» total no Grupo B

Em Santa Fé, na Argentina, anfitriã do torneio sul-americano, os paraguaios foram mais perigosos na primeira parte e o guarda-redes Marcelo Elizaga negou-lhes o golo por duas vezes, primeiro desviando para canto um tiro frontal de Edgar Barreto (15 minutos) e depois bloqueando o remate de Roque Santa Cruz (19).

Com o ex-sportinguista Caicedo pouco ativo e com a “estrela” Antonio Valência completamente apagada, a seleção equatoriana só à meia hora ameaçou verdadeiramente, num lance individual de Cristian Benitez, que ultrapassou um defesa, deitou o guarda-redes e só não foi capaz de evitar o corte de Paulo Da Silva, a impedir o remate para a baliza deserta.

Na segunda parte, o Equador teve mais iniciativa e Michael Arroyo, que substituiu Valencia, deu um primeiro aviso com um pontapé de fora da área que passou ligeiramente ao lado, respondendo o Paraguai por Marcelo Estigarribia, que fez a bola rasar o poste com um remate cruzado da esquerda.

O mesmo Estigarribia, endiabrado no seu flanco, cruzou com precisão para a cabeça de Santa Cruz, mas Elizaga, eleito melhor jogador em campo, voltou a negar o golo ao avançado com uma intervenção notável que manteve o marcador imutável e o Grupo B totalmente empatado.

Em La Plata, o Brasil, vencedor das duas últimas edições da Copa América, arrancou para a defesa do título aos tropeções, cedendo uma igualdade perante a Venezuela, que em 44 anos ganhou apenas dois dos seus 50 jogos nesta competição, na qual jamais tinha ''ousado'' empatar com a seleção ''canarinha''.

Esta foi a segunda grande surpresa do torneio, depois de a anfitriã Argentina ter sido travada pela Bolívia no primeiro jogo (1-1).

Tida como a mais modesta equipa da América do Sul, a Venezuela apostou tudo na solidez defensiva e pela primeira vez conquistou um ponto ao pentacampeão mundial na Copa América, com o contributo decisivo do guarda-redes Renny Veja, em especial durante a primeira parte, durante a qual negou o golo ao avançado Pato, aos 32 minutos.

Momentos antes, aos 27 minutos, o avançado do Brasil, cujo selecionador, Mano Menzes, manteve o benfiquista Luisão no banco de suplentes durante os 90 minutos, tinha acertado na barra da baliza da Venezuela, na melhor ocasião dos “canarinhos” para inaugurar o marcador.

No segundo período, o Brasil perdeu progressivamente “gás” e a tarefa dos venezuelanos tornou-se mais fácil à medida que se aproximava o fim do encontro, chegando mesmo a aventurar-se mais junto da baliza brasileira.

Na próxima jornada, agendada para 09 de julho, o Brasil defronta o Paraguai e a Venezuela mede forças com o Equador.