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Mundial 2018: Rússia pode ser prejudicada pela imensidão territorial

A imensidão do território e as consequentes dificuldades de transporte são o principal problema da candidatura da Rússia à organização do Mundial de futebol de 2018, que “ousou” ao propor a construção de 13 estádios.

Para se tornarem o primeiro país da Europa de Leste a acolher um Mundial de futebol, os russos estão dispostos a construir 13 estádios e a renovar três, número bastante superior ao das restantes candidaturas, obras que custarão cerca de 2834 milhões de euros.

A Rússia cumpre todas as exigências da FIFA, que vê com bons olhos a construção de tantas infraestruturas desportivas, e apresenta o projeto mais ousado e arriscado entre os quatro concorrentes, prevendo despesas correntes de 475,1 milhões de euros.

Os russos deram à FIFA garantias em todos os pontos e em alguns, como nos campos de treino e camas disponíveis, apresentaram mesmo números bastante superiores aos exigidos no caderno de encargos.

Um dos pontos que parece preocupar a FIFA, que alerta para os prazos de construção dos estádios, é a imensidão do território e as eventuais dificuldades de circulação no único país entre os concorrentes que nunca acolheu um Mundial ou um Europeu de futebol.

A distância entre São Petersburgo e Ekaterimburgo (já na Ásia), as duas cidades-sede mais distantes uma da outra, ronda os 2200 quilómetros, sendo, curiosamente, superior à que separa Lisboa de todas as capitais dos países concorrentes com a exceção de Moscovo.

O governo russo, bastante empenhado no projeto, já assegurou transportes gratuitos para os adeptos entre as cidades que vão acolher jogos e facilidades na obtenção de vistos.

Ao problema da distância, juntam-se ainda a inexistência de rotas entre algumas cidades, facto que levou a FIFA a considerar de “risco elevado” o item dos transportes.

Para os 64 encontros da competição, a Rússia estima vender 3,141 milhões de bilhetes, número no qual as quatro candidaturas pouco divergem.

No global, a candidatura russa é a única das quatro a merecer a classificação de “risco médio”, apesar de a FIFA destacar a boa capacidade do país na organização de grandes eventos desportivos.

O país prepara-se para acolher em as Universíadas em 2013 e os Jogos Olímpicos de Inverno no ano seguinte, em Sochi, duas competições que obrigarão à melhoria de algumas infraestruturas que podem vir a ser utilizadas no Mundial.

A Rússia tem como adversárias na corrida à organização do Mundial a Inglaterra e as candidaturas conjuntas de Portugal/Espanha e Bélgica/Holanda.

O anúncio dos organizadores dos Mundiais de 2018 e 2022 – ao qual se apresentam Austrália, Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão e Qatar - será feito pela Comissão Executiva da FIFA a 02 de dezembro, em Zurique.

Dados da candidatura:

- Cidades-sede: 13.

- Estádios: 16 (13 novos e três renovados).

- Orçamento para estádios: 2800 milhões de euros.

- Quartos de hotel: 100 000.

- Despesas correntes: 475,1 milhões de euros.

- Bilhetes: 3,1 milhões.

- Pontos fortes: Número de estádios e hotéis novos, experiência na organização de eventos.

- Pontos fracos: Dimensão territorial, inexistência de rotas entre várias regiões.

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