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"O Benfica não põe a claque a humilhar jogadores. Isto não é o FC Porto"

Nos últimos dias, o ambiente na Luz tem sido marcado por uma tensão palpável, desencadeada pelas declarações controversas do médio turco Orkun Kökçü à publicação neerlandesa 'De Telegraaf'.

"O Benfica não põe a claque a humilhar jogadores. Isto não é o FC Porto"
Benfica

"A gente não ameaça jogadores, não vai atrás deles", destaca conhecido adepto do Benfica.

As palavras do jogador, que expressou a sua insatisfação com a forma como tem sido tratado no clube e lançou críticas tanto a Roger Schmidt quanto à administração encarnada, liderada por Rui Costa, geraram uma série de repercussões nos bastidores do clube da Luz.

Kökçü, que chegou ao Benfica com grande expectativa e o rótulo de contratação mais cara da história das águias, revelou sentir-se menosprezado em comparação com outras contratações em Portugal e em outros grandes clubes europeus.

O impacto das declarações do internacional turco foi imediato, levando ao seu afastamento do último jogo do atual campeão nacional frente ao Casa Pia e a um confronto direto com a equipa técnica liderada por Roger Schmidt.

"Isto não é o FC Porto"

Contudo, a entrevista de Kökçü dividiu opiniões, com alguns a apoiarem as críticas do jogador e outros a exigirem uma resposta mais severa por parte da direção do Benfica.

Neste contexto, Telmo Correia, conhecido adepto encarnado, argumentou que o clube lisboeta não deve adotar medidas punitivas precipitadas, salientando que o Benfica tem uma abordagem distinta do rival FC Porto em relação à gestão de conflitos com jogadores.

"Isto não é o FC Porto", começou por defender o adepto benfiquista, em declarações na Antena 1, citado pelo jornal 'Bancada.pt'.

"A gente não ameaça jogadores, não vai atrás deles, não põe a claque a humilhar jogadores, etc e por aí fora", observou ainda Telmo Correia.

Após a polémica desencadeada pelas suas declarações, Orkun Kökçü recorreu às redes sociais para expressar o seu respeito pelo treinador e pela estrutura do Benfica, assegurando que discutiu internamente as suas preocupações antes de conceder a entrevista.

"Primeiro, quero dizer que tenho muito respeito pelo treinador e pelas pessoas no clube. No futebol de topo, os detalhes importam", começou por escrever o médio, numa storie partilhada na sua conta oficial do Instagram.

O jogador turco reiterou ainda o seu compromisso em contribuir para o sucesso do clube e prometeu continuar a lutar pelo emblema das águias, independentemente das consequências que possam advir das suas palavras.

"Eu discuti a minha visão internamente com o clube nos últimos meses. Aceito as consequências do clube e vou agora estar com a minha seleção", observou Kökçü.

"Voltarei daqui a duas semanas para dar tudo ao Benfica. Vou fazer tudo o que puder para dar troféus aos adeptos e a este clube maravilhoso", rematou o médio.

Por seu turno, na conferência de imprensa pós-jogo, Roger Schmidt expressou a sua desaprovação em relação à entrevista de Kökçü, afirmando que não teve a oportunidade de falar diretamente com o jogador sobre o assunto, mas que o irá fazer após a pausa para os compromissos das seleções.

"Quando se dá uma entrevista daquelas, não se pode estar com a equipa. Não tive hipótese de falar com ele. Falarei quando ele regressar da seleção", começou por dizer Schmidt, em declarações à BTV.

"O que fez não foi bom, foi negativo para clube, equipa e, especialmente, para ele. É um jogador top, uma pessoa top, não sei o que se passou. Já fez tantos jogos no Benfica e agora essa entrevista do nada. Não estamos contentes", disse ainda o técnico dos encarnados.

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