O Benfica, sob a orientação do treinador alemão Roger Schmidt, enfrenta uma temporada repleta de desafios táticos e incertezas, deixando os adeptos encarnados duvidosos quanto à sua continuidade no comando técnico das águias.
"Este ano o Tengstedt ainda não marcou nenhum golo, e se calhar de todos é o que tem mais titularidades", observa Diogo Luís.
A instabilidade no onze titular e as críticas à abordagem estratégica de Schmidt têm sido temas dominantes nas conversas entre adeptos e observadores do futebol português.
No setor ofensivo, a abordagem tática de Schmidt tem sido uma verdadeira dança de peças. Tengstedt, Petar Musa (antes de rumar à MLS), Arthur Cabral e Marcos Leonardo têm todos experimentado o sabor da titularidade no ataque encarnado.
Contudo, a ausência de uma referência fixa na frente de ataque em alguns jogos tem gerado debates sobre a eficácia desta estratégia, especialmente quando os resultados não correspondem às expectativas.
O confronto com o Rangers, a contar para a segunda mão dos oitavos de final da Liga Europa coloca Schmidt perante um dilema tático.
Com o empate a duas bolas na primeira mão, a escolha do onze inicial torna-se crucial para as aspirações do Benfica na competição.
Em declarações à CNN Portugal, Diogo Luís afirmou que a escolha de Schmidt para este jogo decisivo deve alinhar-se com a estratégia pretendida para o resto da temporada.
"Eu acho que o Roger Schmidt tem que colocar aquele que melhor for ao encontro da sua estratégia. O problema é que eu acho que a estratégia do Schmidt é se correu bem no jogo anterior, vai utilizá-lo. Neste caso, não sei se será um problema, porque o Marcos Leonardo dos três é aquele que tem mais golos", começou por dizer o antigo jogador.
"Este ano o Tengstedt ainda não marcou nenhum golo, e se calhar de todos é o que tem mais titularidades. O Arthur Cabral estava a marcar golos, mas foi-lhe retirado o tapete, e neste momento parece-me que é um jogador que volta a ter falta de confiança", observou o comentador.
Luís destacou Marcos Leonardo como a opção com maior potencial para assumir a frente de ataque na Escócia, mesmo admitindo que o jogador não tem impressionado em termos de desempenho geral.
"E o Marcos Leonardo, jogando bem ou mal, na minha opinião, em termos de jogo jogado, não fez uma grande exibição, mas marcou um golo", destacou Diogo Luís.
A confiança do antigo lateral dos encarnados baseia-se no instinto goleador do jovem avançado brasileiro, considerando-o importante para os momentos decisivos.
"E lá está, e é naqueles momentos dentro da área que ele aparece, que é um jogador que faz a diferença. E portanto, num jogo em que o Benfica tem que decidir uma passagem de eliminatória, ter lá o Marcos Leonardo se calhar faz diferença comparativamente com os outros dois que estão neste momento a bater-se pelo lugar", frisou.
Esta análise de Diogo Luís aponta para a possível inclusão de Marcos Leonardo no onze inicial frente ao Rangers, uma vez que, segundo o comentador, o jogador está fisicamente disponível e atravessa um bom momento.
"E portanto, parece-me que em função de fisicamente já estar mais disponível, acredito que pelo bom momento que está a atravessar, porque a verdade é que ele desde que jogou está a atravessar um bom momento, joga poucos minutos e faz sempre golos, acredito que pode ter mais uma oportunidade", acrescentou.
O Rangers, invicto em casa na Liga Europa, representa um desafio considerável para o Benfica e, Diogo Luís sublinhou a necessidade de Roger Schmidt compreender o contexto do jogo, enfatizando as diferenças entre jogar fora e na Luz.
"Agora, a questão tem a ver não só com o Marcos Leonardo, mas com a estratégia que o Benfica vai adotar. O Rangers a jogar a casa ainda não perdeu para a Liga Europa. É uma equipa que a jogar em casa é uma equipa fortíssima, o ambiente vai ser um ambiente muito adverso", sublinhou o antigo jogador português.
"É importante que o Roger Schmidt perceba o contexto onde vai jogar. Jogar fora não é a mesma coisa que jogar na luz. Os jogadores têm que estar preparados para esse ambiente", alertou Diogo Luís.
A vitória natural do Benfica, segundo o antigo lateral dos encarnados, dependerá dos cuidados necessários e do compromisso dos jogadores em superar os desafios apresentados.
"Se tiver os cuidados necessários e se atingir o compromisso que os outros têm, eu acho que o Benfica naturalmente ganha o jogo porque tem a melhor equipa", rematou Diogo Luís.
O Benfica de Roger Schmidt encontra-se num ponto de equilíbrio delicado entre a previsibilidade desejada por muitos adeptos e a inovação tática que o treinador procura implementar.
O desfecho da temporada dependerá não apenas dos resultados, mas também da capacidade de Schmidt em conciliar a rotação de jogadores com uma estratégia coesa e vencedora. O desafio contra o Rangers poderá ser um marco significativo nessa trajetória.