O ambiente já conturbado em torno do FC Porto atingiu um novo patamar esta quarta-feira, com a detenção de Fernando Madureira, líder da claque "Super Dragões", pela Polícia de Segurança Pública (PSP).
A operação policial, envolveu também a detenção da esposa de Madureira, Vítor Catão, e outros membros da claque dos azuis e brancos.
Fernando Madureira, figura carismática e controversa no universo das claques, foi detido em Vila Nova de Gaia, numa operação que incluiu buscas em várias residências associadas aos "Super Dragões". A PSP apreendeu um Porsche, propriedade de Madureira, e ainda um BMW.
As detenções, que ocorreram no âmbito de uma investigação relacionada com os incidentes na Assembleia-Geral do FC Porto em novembro passado, envolvem elementos dos "Super Dragões" indiciados por crimes que vão desde ofensas corporais a ameaças.
Segundo avança a CMTV, entre os detidos está o suspeito de agredir o segurança na casa de André Villas-Boas, ex-técnico portista e candidatado à Presidência do FC Porto, identificado como membro do núcleo duro dos 'Super Dragões' que também fez questão de marcar presença na Assembleia Geral.
A mesma fonte noticiou que o grupo envolvido na agressão ao segurança realizou uma série de assaltos pelo Porto, incluindo casos de carjacking.
As autoridades tinham informações que indicavam planos de ataques durante o período de campanha para a presidência do FC Porto.
Os elementos dos 'Super Dragões' estão indiciados por crimes de ofensas corporais, danos, coação e ameaça. Entre os detidos, destaca-se Fernando Saul, oficial de ligação dos adeptos e speaker do FC Porto, conforme avançado pela SIC Notícias.
A operação policial não se limitou à casa de Madureira. Foram realizadas buscas em dezenas de locais no Grande Porto, ligados aos membros da claque portista.
A investigação, que culminou nas detenções, centra-se nos distúrbios ocorridos na Assembleia-Geral Extraordinária do FC Porto, inicialmente agendada para o Estádio do Dragão e posteriormente transferida para o Dragão Caixa devido à presença inesperada de um grande número de sócios.
O evento, recorde-se, ficou marcado por desacatos e agressões entre os presentes.
O Ministério Público já tinha instaurado um inquérito às agressões que ocorreram durante a Assembleia-Geral, e o candidato às eleições, André Villas-Boas, solicitou anteriormente uma investigação por parte do Ministério Público sobre as agressões protagonizadas por uma "guarda pretoriana".