Atentados: Fernando Gomes refere dificuldades em reagendar jogo com Bélgica

"Acima de tudo, em primeiro lugar, uma palavra para expressar o meu pesar às famílias pelos acontecimentos ocorridos ontem (terça-feira) em Bruxelas. Obrigou-nos a tomar algumas medidas de urgência e de última hora em relação ao jogo, naturalmente colocado em último lugar depois do que aconteceu", disse Fernando Gomes, numa conversa à margem da assinatura de um protocolo com a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

Fernando Gomes enumerou também as complicações em alterar o palco do encontro particular entre Bélgica e Portugal, frisando que o mais importante são os interesses desportivos das duas seleções.

"Tivemos esta incompatibilidade e tentámos encontrar uma plataforma que salvaguardasse a parte desportiva e a preparação para o Euro2016, mas não foi nada fácil, porque estava tudo planeado. Houve bom senso da Federação Belga e ficou decidido realizar o jogo cá em Portugal", referiu.

A terminar, o presidente da FPF desvalorizou, por consequência dos atentados, o facto de a seleção disputar doius jogos em Portugal, salientando a oportunidade que os portugueses terão em poder assistir ao encontro entre as duas seleções, a realizar-se no dia 29 de março, no estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria.

A cidade de Bruxelas, capital da Bélgica e sede da União Europeia e da NATO, foi abalada por dois atentados na terça-feira, com duas explosões no aeroporto de Zaventem e uma na estação de metropolitano de Maelbeek, que provocaram 31 mortos e 270 feridos, de acordo com o último balanço, que revê em baixa o número de mortos anteriormente avançado.

Os atentados foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico, também conhecido por Daesh, num comunicado em que ameaçou os países que combatem os ‘jihadistas’ com ataques “mais duros e mais amargos”.

O nível de alerta terrorista na Bélgica foi elevado para quatro, o máximo da escala.