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FIFA: Empresário argentino alvo de extradição entrega-se à polícia italiana

Um dos três cidadãos argentinos alvo de mandado de captura e extradição por parte da justiça norte-americana no âmbito do caso de corrupção na FIFA rendeu-se hoje em Itália, de acordo com a polícia italiana.

FIFA: Empresário argentino alvo de extradição entrega-se à polícia italiana

Alejandro Bulzaco – que tem passaporte italiano - apresentou-se hoje ao final da manhã à polícia de Bolzano, no noroeste de Itália, acompanhado de dois advogados, tendo sido libertado com termo de identidade e residência.

Responsável da sociedade de marketing desportivo ‘Torneos y Competencias’ (TyC), Bulzaco é suspeito de irregularidades na atribuição de direitos televisivos em competições de futebol na América Latina, nomeadamente o campeonato argentino de 1992 a 2009.

De acordo com a imprensa argentina, Alejandro Burzaco estava na Suíça no dia em que foi desencadeada a operação visando vários dirigentes da FIFA, mas a polícia local não conseguiu localizá-lo e desde então tem sido procurado.

Entretanto, o secretário de Segurança do governo argentino, Sergio Berni, afirmou que a extradição do empresário depende da justiça italiana.

No final de maio, os Estados Unidos pediram a detenção, com fins de extradição, de três cidadãos argentinos ligados à investigação por corrupção na FIFA.

A embaixada dos Estados Unidos em Buenos Aires entregou uma nota ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Argentina em que solicitou "a detenção provisória para fins de extradição de três cidadãos argentinos, fazendo referência ao Tratado de Extradição vigente entre a Argentina e os Estados Unidos", indicou o ministério em comunicado.

O pedido referia-se aos argentinos Alejandro Burzaco e a Hugo e Mariano Jinkis (pai e filho), acusados de pagar subornos e comissões ilegais.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de conspiração e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).

Entre os acusados estão dois vice-presidentes da FIFA, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Caimão e que é também presidente da CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas), assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).

Dos restantes dirigentes indiciados fazem parte o brasileiro José María Marín, membro do comité da FIFA para os Jogos Olímpicos Rio2016, o costarriquenho Eduardo Li, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, o nicaraguense Júlio Rocha, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Caimão.

A FIFA suspendeu provisoriamente 11 pessoas de toda a atividade ligada ao futebol: os nove dirigentes ou ex-dirigentes indiciados e ainda Daryll Warner, filho de Jack Warner, e Chuck Blazer, antigo homem forte do futebol dos Estados Unidos, ex-membro do Comité Executivo da FIFA e alegado informador da procuradoria norte-americana, que já esteve suspenso por fraude.

A acusação surge depois de o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça terem detido Webb, Li, Rocha, Takkas, Figueredo, Esquivel e Marin na quarta-feira, num hotel de Zurique, a dois dias das eleições para a presidência da FIFA, à qual concorrem o atual presidente, o suíço Joseph Blatter, e Ali bin Al-Hussein, da Jordânia.

Simultaneamente, as autoridades suíças abriram uma investigação à atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022 à Rússia e ao Qatar.

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