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Mundial-1998: "Bis" de Zidane torna França a "sétima maravilha"

Um “bis” de Zinedine Zidane na final com o detentor Brasil (3-0), que se apresentou com Ronaldo diminuído fisicamente, conduziu a anfitriã França ao estatuto de sétima “maravilha” do futebol mundial, em 1998.

Mundial-1998: "Bis" de Zidane torna França a "sétima maravilha"

Perante os tetracampeões, os gauleses viram aparecer o marselhês de descendência argelina, que então atuava na Juventus, na hora "h" e resolver o jogo ainda na primeira parte, com dois golos idênticos, de cabeça, na sequência de cantos.

Com o encontro a acabar, Emmanuel Petit fechou a contagem, para delírio dos 80.000 espetadores presentes no "Stade de France" e de mais alguns milhões, que "inundaram" as ruas de Paris e comemoraram o feito durante vários dias.

Apesar de o triunfo na final ter sido categórico (igualou a maior diferença de sempre, de 1958 e 70), a França passou por sobressaltos, mesmo na primeira fase, em que ganhou os três jogos, mas, a meio, perdeu Zidane, expulso com a Arábia Saudita.

Os problemas prosseguiram nos oitavos de final, com o Paraguai, que o "onze" de Aimé Jacquet só logrou “dobrar” aos 113 minutos, quando o central Laurent Blanc marcou o primeiro “golo de ouro” – o jogo acabou de imediato - da história dos mundiais.

O número 10 gaulês voltou nos "quartos", mas, após um “interminável” nulo, a França só passou a Itália na “lotaria”, tornando-se o terceiro campeão consecutivo a passar por este desempate, após RFA (1990) e o Brasil (1994).

Nas meias-finais, Davor Suker colocou a Croácia em vantagem (46 minutos), valendo, então, a inesperada inspiração do defesa Lilian Thuram, que empatou aos 47 e resolveu aos 69, no que foram os seus únicos golos pela seleção em mais de 100 jogos.

A França mostrou-se, depois, imparável frente ao Brasil, com Zidane na pele de “herói” de uma grande equipa (Barthez, Thuram, Blanc, Desailly, Lizarazu, Karembeu, Deschamps, Petit ou Djorkaeff), à qual só “faltava” um ponta-de-lança, pois Trezeguet e Henry estavam "verdes" e Guivarc'h não estava à altura.

Por seu lado, o Brasil apresentou o melhor conjunto desde 1982, com Ronaldo, Rivaldo e Roberto Carlos, mas não resistiu aos franceses, após uma excelente campanha, que teve como ponto alto o triunfo sobre a Holanda, apesar de na "lotaria", e uma “mancha” no desaire surpresa com a Noruega (1-2).

A formação “laranja” foi a que apresentou o futebol mais bonito, mas não teve sorte frente aos brasileiros, depois de, por exemplo, ter deixado pelo caminho a Argentina, num embate espetacular, decidido por um portentoso golo de Bergkamp.

O “onze” de Guus Hiddink acabou em quarto, derrotado no jogo do "bronze" (1-2) pela estreante e surpreendente Croácia, que teve em Suker - melhor marcador da prova, com seis golos - a maior "estrela" e como ponto alto o inapelável triunfo por 3-0 sobre a Alemanha, nos "quartos".

Em bom plano, esteve igualmente a Inglaterra, do "supersónico" Michael Owen, que foi infeliz nos "oitavos", com a Argentina, ao perder na "lotaria", isto após ter jogado desde os 47 minutos com 10 jogadores, devido a uma atitude irrefletida de David Beckham.

No que respeita a desilusões, as maiores foram a Espanha, que ficou pela primeira fase, e a Nigéria, batida pela Dinamarca nos "oitavos" (1-4), depois de prometer muito.

O último Mundial do século XX teve como novidade, em termos de formato, a passagem do número de equipas de 24 para 32, o que provocou algumas mudanças: oito grupos de quatro na primeira fase, com os dois primeiros de cada a rumar aos jogos a eliminar.

A prova gaulesa, disputada de 10 de junho a 12 de julho em Saint-Denis, Montpellier, Bordéus, Nantes, Saint-Etienne, Marselha, Toulouse, Lens, Lyon e Paris, marcou também a introdução do “golo de ouro” (ou “morte súbita”) - vitória para a primeira equipa a marcar no prolongamento.

Para a história, e por razões políticas, entrou também o encontro da primeira fase entre Irão e Estados Unidos, que os asiáticos venceram por 2-1, num embate que foi uma festa e decorreu sem incidentes, dentro e fora das quatro linhas.

Em termos de golos, registou-se um máximo absoluto (171, contra 146 do Espanha'82), devido ao aumento do número de jogos - passaram a 64 -, enquanto a média foi a quarta pior (2,67), apenas superior às de 1990 (2,21), 1986 (2,54) e 1974 (2,55).

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