Bayern vence Supertaça Europeia no desempate por grandes penalidades

Intenso, disputado até ao limite e um autêntico “duelo de titãs”, assim foi o jogo de hoje entre o Bayern de Munique e o Chelsea, que pendeu para a equipa germânica, que assim conquistou a sua primeira Supertaça Europeia.

A vitória do conjunto dirigido por Pep Guardiola, conquistada no desempate por grandes penalidades (5-4), após o 2-2 no final do prolongamento - algo também inédito no historial da prova - foi também a primeira do técnico catalão no confronto personalizado com José Mourinho pós-liga espanhola.

O que mantém o técnico português do lado de fora dos “conquistadores” do troféu disputado entre os vencedores das duas eurotaças.

Porém, os bávaros tiveram que “arrancar a ferros” este título, e nem o derradeiro penálti, falhado pelo jovem belga Lukaku (20 anos), tira lustro a uma exibição também brilhante dos londrinos, que jogaram os últimos 35 minutos com menos um jogador.

A primeira parte da partida bem podia sintetizar-se na jogada do primeiro golo: aos ataques sucessivos do Bayern sucedeu um corte de bola e uma investida rápida do belga Hazard pelo centro do terreno, que passou para a direita, onde o alemão Schurrle galgou terreno e cruzou para um belo remate, em vólei, de Fernando Torres desde o coração da área.

O golo do avançado espanhol, marcado logo aos oito minutos, acabou por definir os papéis das duas equipas muito cedo: o Chelsea com uma atitude mais defensiva, sempre disposto a contra-ataques em velocidade, enquanto o Bayern de Munique se posicionou no meio terreno adversário, em ataque continuado, aproveitando a velocidade de Ribéry e Robben nas duas alas.

O francês, que no dia anterior conquistou o título de melhor jogador da Europa, protagonizou um par de “disparos” à baliza de Peter Cech, mas tanto o guarda-redes como a “muralha” defensiva britânica, com David Luiz e Ivanovic muito atentos, ia chegando para as encomendas.

Aos dois minutos da segunda parte, Frank Ribéry empatou a partida, com um belo remate desferido de fora da área, descaído sobre a esquerda, de onde voltou a tentar um minuto depois, mas a bola passou ao lado do poste direito.

Aos 64 minutos, o guarda-redes Neuer e o central Dante desentenderam-se e a bola sobrou para Oscar, que, sozinho na área, não conseguiu fazer o golo, tal como Lampard, que recarregou por cima da barra.

Ao contrário da primeira parte, os ingleses posicionaram-se um pouco mais à frente no terreno e, apesar da maior iniciativa dos alemães, levaram o perigo com a mesma frequência que o campeão europeu à área de rigor, onde David Luiz, aos 78 minutos, cabeceou à barra.

A cinco minutos do final, o internacional canarinho voltou a cabecear para golo, mas Neuer voltou a opor-se com eficácia.

Na jogada seguinte, Ramires foi expulso devido a uma entrada muito dura sobre um adversário, deixando a equipa de Mourinho reduzida a 10 unidades, desvantagem com que rumou ao prolongamento.

Aos 93 minutos, o belga Hazard entrou em velocidade pelo corredor esquerdo, descaiu para o centro, tirou dois defesas da frente e rematou para o segundo golo do Chelsea, com Neuer a deixar passar a bola muito perto de si.

Aumentou a pressão germânica, mas só aos 108 minutos o campeão europeu dispôs de duas grandes oportunidades, quando Mandzukic cabeceou para defesa de Cech, ação que o guarda-redes repetiu poucos segundos depois, evitando o golo ao espanhol Javi Martínez, e mais uma vez, pouco depois, a travar um remate, de livre direto, de Ribéry.

Até que o sufoco imposto pelos germânicos deu frutos, após vários cruzamentos para a grande área, onde, no último segundo do prolongamento, o espanhol Javi Martinéz aproveitou, com sucesso, uma bola perdida no meio dos defesas britânicos.

A bola já nem foi ao meio-campo, pois o árbitro sueco deu a partida por terminada, de modo a ser resolvida no desempate por penáltis.

Alaba, Kroos, Lahm, Ribéry e Shaqiri cumpriram a missão para os germânicos, enquanto, pelo Chelsea, marcaram David Luiz, Oscar, Lampard e Cole, tendo Lukaku falhado o derradeiro pontapé da marca de rigor.