A China vai disputar a Taça Asiática, que começa hoje no Qatar, com a mais jovem seleção de sempre, mas animada pelos seus últimos resultados, sobretudo a vitória frente à Coreia do Sul, um dos favoritos do torneio.
No jogo inaugural, marcado para as 19:15 (16:15 em Lisboa), os anfitriões enfrentam o Uzbequistão e no dia seguinte, no segundo jogo do mesmo grupo, o onze chinês defronta o Koweit.
A Taça Asiática, disputada por 16 países, de quatro em quatro anos, decorre até 27 de janeiro.
Coreia do Sul, Japão e Austrália – três seleções que participaram também no último Mundial, realizado no verão passado na África do Sul – são apontados como principais favoritos.
Em campo estarão ainda as seleções do Iraque (o atual campeão), Índia, Bahrain, Jordânia, Arábia Saudita, Síria, Irão, Coreia do Norte e Emiratos Árabes Unidos.
A média de idades dos jogadores chineses – três dos quais do Beijing Guo' An, equipa dirigida pelo técnico português Jaime Pacheco – ronda os 24 anos e apenas um joga fora do país, no clube alemão Schalke 04.
“O grande objetivo desta geração é chegar ao Mundial de 2014. A Taça Asiática é apenas um teste”, disse um responsável da Associação Chinesa de Futebol.
Além de ter falhado a qualificação para o Mundial da África do Sul, o futebol chinês foi abalado por processos de corrupção, falsificação de resultados e outras fraudes, envolvendo dezenas de técnicos, árbitros, jogadores e dirigentes.
A seleção, entretanto, contratou um novo selecionador, Gao Hongbo, e desde então o desempenho coletivo melhorou muito.
Há menos de um ano, pela primeira vez em 28 jogos, a China venceu a Coreia do Sul, por 3-0.
Em junho passado, num jogo de preparação para o Mundial 2010, a China obteve outra vitória encorajadora ao vencer a França, por 1-0.
A profissionalização do futebol na China só começou em 1993, depois do Partido Comunista Chinês se ter convertido à “economia de mercado socialista”.
Em 2002, pela primeira e única vez, a China qualificou-se para a fase final de um Mundial, na Coreia do Sul, e dois anos mais tarde chegou à final da Taça Asiática, em Pequim.
As duas experiências não trazem, contudo, boas memórias.
A China perdeu os três jogos que disputou no Mundial de 2002, sem conseguir marcar qualquer golo, e na final da Taça Asiática, frente ao Japão, foi derrotada por 3-1.