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"Conceição mostrou que não está aqui por dinheiro nem por ter uma cadeira de sonho"

O FC Porto encontra-se imerso numa atmosfera de intensa agitação política à medida que se aproxima do processo eleitoral que decidirá o próximo presidente do clube.

"Conceição mostrou que não está aqui por dinheiro nem por ter uma cadeira de sonho"
FC Porto

"Conceição um dia terá de partir. Nunca disse que estava na cadeira de sonho", ironizou Jorge Nuno Pinto da Costa.

Este momento, crucial na história dos dragões, tem sido marcado por uma série de trocas de farpas e estratégias entre os principais candidatos ao cargo máximo, revelando um cenário de tensão sem precedentes dentro da instituição azul e branca.

No centro desta fervorosa disputa política estão dois protagonistas de peso: Pinto da Costa, a figura icónica que lidera o FC Porto há décadas, e André Villas-Boas, antigo treinador dos dragões que agora se apresenta como candidato à presidência do clube.

As declarações e movimentações de ambos, assim como as reações dos seus apoiantes, têm alimentado uma batalha intensa que espelha a importância da próxima liderança para o futuro do FC Porto.

"Soube que o Sérgio Conceição não ficaria se eu saísse"

Um dos pontos cruciais neste embate tem sido a questão relacionada com Sérgio Conceição, atual treinador da equipa principal dos dragões, e a sua continuidade na Invicta.

Pinto da Costa tem afirmado publicamente que não irá usar o técnico português, que tem no seu currículo a conquista de um tricampeonato ao serviço do FC Porto, como peão eleitoral, embora reconheça a sua relevância crucial para o sucesso desportivo da equipa.

A permanência de Sérgio Conceição no FC Porto tornou-se assim um ponto central nas discussões políticas em torno do clube, com Pinto da Costa a sugerir que a continuidade do treinador no cargo está diretamente ligada ao resultado das eleições.

"Soube que o Sérgio Conceição não ficaria se eu saísse", começou por dizer o líder máximo dos azuis e brancos, em declarações ao JN, citado pelo jornal A Bola, antes de deixar um 'recado' ao seu principal opositor, André Villas-Boas.

"Não estou a dizer que não conto com Sérgio Conceição. Ele está no FC Porto e nunca disse que estava na cadeira de sonho, porque ele nunca está sentado, está sempre em atividade, mas no ano passado podia ter saído", observou, referindo-se a uma declaração antiga do ex-técnico dos dragões.

Contudo, o futuro de Sérgio Conceição pode não estar dependente de quem vencer as eleições, uma vez que o técnico português tem sido apontado à saída do Dragão no final da época, com muitos 'tubarões' europeus interessados nos seus serviços.

Ainda no decorrer da entrevista, Pinto da Costa revelou que Sérgio Conceição recusou sair do FC Porto na época passada, destacando o seu compromisso com os azuis e brancos. Contudo, o líder dos dragões reconhece que será difícil manter o técnico por muito mais tempo.

"Teve tudo à frente para assinar num hotel em Paris com as bandeiras de um clube árabe e com um contrato de 45 milhões de euros sem impostos. E disse que não tinha coragem de sair do FC Porto nesta altura", revelou Pinto da Costa.

"Estou convencido de que um dia terá de partir, eu não terei coragem para lhe dizer que não. Mostrou que não está aqui por dinheiro nem por ter uma cadeira de sonho, porque anda sempre a correr de um lado para o outro", acrescentou.

Além das questões relacionadas com a equipa técnica, Pinto da Costa dirigiu críticas a André Villas-Boas, acusando-o de estar refém de interesses externos e de tentativas de alteração da estrutura do clube.

"Trazer aqui um comprador e depois poder negociar jogadores e proporcionar ao Joaquim Oliveira, como proporcionaram com o Braga, aproveitar a boleia e vender as suas ações. O FC Porto foi avaliado em 500 milhões de euros e quem tem 7% de ações... É fazer as contas", rematou Pinto da Costa.

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