O mundo do desporto foi surpreendido recentemente por um incidente peculiar que envolveu o Hajduk Split da Croácia e o FC Porto, lançando um véu de mistério sobre o roubo e exibição enigmática de tarjas pertencentes ao clube português.
"O FC Porto, por decisão própria, decidiu não comunicar aos sócios quando as tarjas foram roubadas", critica Villas-Boas.
No sábado passado, durante um jogo entre o Hajduk Split e o NK Lokomotiva, no estádio Poljud, em Split, na Croácia, os adeptos do Hajduk surpreenderam ao exibir tarjas pertencentes às claques de apoio ao FC Porto, Super Dragões e Coletivo 95, de forma enigmática e invertida.
Essas tarjas foram roubadas do Museu do FC Porto em circunstâncias ainda não esclarecidas pelos azuis e brancos, um dia após a goleada por 5-0 dos dragões sobre o Benfica.
A exibição das tarjas levantou questões sobre a segurança do património do FC Porto e também sobre a relação entre as claques do Hajduk Split e os No Name Boys do Benfica, dada a proximidade entre ambos os grupos de adeptos.
A situação torna-se ainda mais intrigante pelo facto das tarjas terem sido exibidas de cabeça para baixo, deixando os observadores perplexos sobre a mensagem por trás dessa ação.
Este incidente tem gerado um intenso debate nas redes sociais e na comunicação social, com muitos a questionarem a segurança do Museu dos dragões e o impacto que este roubo pode ter no clube em vésperas de eleições presidenciais.
Além disso, a falta de comunicação por parte do FC Porto sobre o roubo das tarjas tem sido criticada, com alguns a apontarem para uma possível falha na transparência por parte do clube.
O candidato à presidência do FC Porto, André Villas-Boas, não hesitou em expressar a sua preocupação com este incidente e pediu uma investigação sobre a segurança do museu e do Estádio do Dragão, onde está prevista a realização do próximo ato eleitoral do clube.
"Há que apurar responsabilidades relativamente à segurança do museu e do Estádio do Dragão, que é o palco escolhido pelo presidente da MAG para o próximo voto eleitoral", começou por escrever o ex-técnico do FC Porto, numa mensagem publicada nas redes sociais.
"Se a segurança não está garantida, como iremos ter transparência e segurança de voto no dia 27 de abril?", questionou Villas-Boas, citado pela 'Rádio Renascença'.
Para além disso, o principal opositor de Pinto da Costa à liderança máxima dos azuis e brancos, também criticou a decisão do FC Porto de não comunicar o roubo das tarjas aos sócios e representantes das claques.
"O FC Porto, por decisão própria, decidiu não comunicar aos sócios quando as tarjas foram roubadas. Desconhece-se a razão pela qual o fez, mas vem em linha com uma série de ações que a direção do FC Porto está a tomar e que continua a não informar os sócios", observou Villas-Boas.
"Neste caso, acabou por acontecer pior. Os sócios não foram informados, os representantes das claques não foram informados, e no movimento das claques o roubo de uma tarja é um roubo sagrado. Daí que a constatação dessa realidade foi omitida e as claques acabaram por reagir dessa maneira ostensiva", escreveu ainda o candidato.
O ex-treinador do FC Porto destacou a importância do Museu do FC Porto como guardião das taças históricas do clube e enfatizou a necessidade de proteger o património do clube.
Villas-Boas enfatizou ainda a importância do Museu do FC Porto, onde estão expostas as taças históricas do clube, e expressou a sua preocupação com a segurança do património do clube.
"Também sou doador de bens ao museu. Muitos adeptos e sócios são. Estão lá as taças históricas do FC Porto", rematou André Villas-Boas.