O Benfica, atual campeão nacional, encontra-se atualmente a atravessar um período de turbulência, com o técnico Roger Schmidt sob crescente escrutínio após a humilhante derrota diante do eterno rival FC Porto.
"O melhor é a separação de facto", comenta o antigo presidente do Conselho Fiscal encarnado.
O desempenho aquém das expectativas e as críticas à liderança do treinador alemão já eram palpáveis antes dos últimos resultados negativos, mas agora a pressão aumenta a passos largos sobre Schmidt.
O estilo de jogo ofensivo de Roger Schmidt, inicialmente celebrado pela sua audácia e dinamismo, enfrenta agora críticas e dúvidas quanto à sua eficácia.
A análise sobre o futuro do treinador alemão na Luz ganhou destaque nos último dias, especialmente com a abordagem do próximo confronto contra o Rangers, que se torna crucial para o Benfica.
João Carvalho, antigo presidente do Conselho Fiscal encarnado, expressou recentemente a sua preocupação em relação ao atual estado da equipa encarnada.
O adepto das águias destaca a necessidade de ponderação por parte dos responsáveis do Benfica, em relação à continuidade de Schmidt, considerando os riscos associados à manutenção do treinador face à possibilidade de perder o segundo lugar.
A questão financeira surge como um fator determinante, com Carvalho a salientar que a ponderação, encabeçada por Rui Costa, atual inclui não apenas as capacidades técnicas de Schmidt, mas também as implicações financeiras de uma eventual rescisão contratual.
"Em ponderação terá de estar o que sai mais barato", começou por dizer o ex-dirigente do Benfica, em declarações à 'Rádio Renascença'.
"Se é o treinador continuar e corrermos o risco de perder o segundo lugar, ou indemnizar já e vir outro treinador. Penso que é uma questão de tempo, quanto mais tarde pior será", explicou Carvalho.
"Rui Costa e os restantes elementos da administração da SAD já terão ponderado. Conhecendo, como conheço de perto, alguns dos elementos da administração, já estão a ponderar. Agora é uma questão de tesouraria", acrescentou.
O antigo dirigente do emblema da Luz refere a possibilidade de Schmidt seguir a linha de Jorge Jesus, recebendo salários sem trabalhar até encontrar um novo projeto, algo que não é visto com bons olhos.
"O melhor é a separação de facto. Schmidt não sai pelo próprio pé", observou João Carvalho.
O antigo dirigente destaca ainda um aspeto crucial: a equipa está descrente nos métodos de Roger Schmidt. A sua insatisfação com as exibições desta época levanta questões sobre a capacidade do treinador alemão de motivar e inspirar a equipa.
"Não gosto das exibições que o meu clube tem feito esta época. Não quero levar as coisas para este ponto, mas até parece que há uma intenção da equipa jogar mal", frisou Carvalho.
"Como é que se explica que a equipa, de um ano para outro, esteja a jogar tão mal?", rematou o antigo presidente do Conselho Fiscal do Benfica.