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Itália: Morreu Gianluca Vialli aos 58 anos

O antigo jogador internacional italiano Gianluca Vialli, figura de referência de Sampdoria e Juventus, pelas quais conquistou dois títulos de campeão, morreu aos 58 anos, em consequência de um cancro no pâncreas, informou hoje a federação transalpina.

Itália: Morreu Gianluca Vialli aos 58 anos

Vialli morreu num hospital de Londres, menos de um mês depois de ter deixado o cargo de chefe de delegação da seleção nacional, o que já levou a Federação Italiana de Futebol (FIGC) a aprovar a observação de um minuto de silêncio antes do início dos jogos deste fim de semana, em memória do antigo jogador e treinador.

O avançado foi um dos responsáveis pela conquista do único título da Sampdoria na Série A, em 1991, voltando a sagrar-se campeão italiano em 1995, ao serviço da Juventus, pela qual venceu também a Liga dos Campeões, em 1996. Disputou ainda 59 jogos pela seleção transalpina, tendo marcado 16 golos.

“Esperei até ao último momento para que se pudesse concretizar outro milagre. Encontro algum conforto na certeza de que tudo o que fez pelo futebol italiano e pela seleção jamais será esquecido”, afirmou o presidente da FIGC, Gabriele Gravina.

O líder federativo referia-se ao facto de Vialli ter anunciado em 2018 que tinha vencido a batalha contra a doença, mas a situação agravou-se durante o último ano, levando o antigo jogador a renunciar ao cargo que desempenhava no organismo.

“Gianluca era uma pessoa esplêndida e deixa um vazio que não poderá ser preenchido, tanto na seleção, como em todos aqueles que apreciaram as suas extraordinárias qualidades humanas”, sustentou o presidente da federação italiana.

Natural de Cremona, Vialli iniciou a carreira em 1980, apropriadamente, na Cremonese, e, quatro anos mais tarde, em 1984, transferiu-se para a Sampdoria, clube no qual ganhou notoriedade e em que coincidiu com outra estrela da época do futebol italiano, Roberto Mancini, atual selecionador transalpino.

Um título nacional – o único na longa história da ‘Samp’ -, três taças de Itália (1985, 1988 e 1989), uma Supertaça (1991) e uma Taça das Taças (1990) depois, com o estatuto de um dos melhores avançados da época, muda-se para a Juventus, o mais titulado clube do país, em 1992.

Em Turim, ao lado do médio português Paulo Sousa, sagrou-se mais uma vez campeão e venceu outra Taça de Itália e Supertaça, ambas em 1995, tendo ainda conquistado a Liga Europa, em 1993, e a Liga dos Campeões, que lhe tinha escapado em 1992, quando a Sampdoria perdeu com o FC Barcelona na final.

Após o ambicionado sucesso na ‘Champions’, rumou pela primeira vez ao estrangeiro, para reforçar o Chelsea, e foi nos londrinos que ‘pendurou as botas’, mas só depois dos triunfos na Taça de Inglaterra, em 1997, na Taça da Liga inglesa, Taça das Taças (a segunda do currículo) e Supertaça europeia, todas em 1998 e já como jogador-treinador.

A carreira de treinador foi mais curta, maioritariamente no Chelsea, pelo qual conquistou ainda a Taça de Inglaterra e a Supertaça inglesa, em 2000, despedindo-se do banco de suplentes, sem êxito assinalável, no Watford, em 2002.

Em 2019, o amigo e selecionador Roberto Mancini chamou-o para desempenhar a função de chefe de delegação da seleção nacional, na qual viveu o último grande momento profissional, a conquista do Euro2020, no qual a Itália venceu a anfitriã Inglaterra na final, no desempate por grandes penalidades.

“Temos uma relação que vai para lá da simples amizade. Ele é como um irmão para mim”, revelou Mancini durante o torneio, recuperando uma expressão que ficou desde os tempos de jogadores da Sampdoria, em que eram conhecidos como os ‘gemelli del gol’ (gémeos do golo).

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