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Crónica: Uruguai podia ter vencido, mas Bruno apareceu e garantiu ‘oitavos’

Um ‘bis’ de Bruno Fernandes, apontado frente ao Uruguai, colocou a seleção nacional nos oitavos de final do Mundial no Qatar, onde hoje os sul-americanos podiam ter sido os vencedores, caso não tivessem sido perdulários.

Crónica: Uruguai podia ter vencido, mas Bruno apareceu e garantiu ‘oitavos’

No Estádio Lusail, o médio dos ingleses do Manchester United anotou os golos, aos 54 minutos e 90+3, o último de penálti, que bastaram para o conjunto das ‘quinas’ se juntar a França e Brasil na próxima fase.

Quando ainda falta uma jornada por disputar, a equipa de Fernando Santos precisa apenas de empatar frente à Coreia do Sul, de Paulo Bento, na sexta-feira, para assegurar o primeiro lugar da ‘poule’, que lidera com seis pontos, contra três do Gana e um de Uruguai e coreanos, que perderam hoje com os africanos (3-2).

Tendo em conta as lesões do defesa Danilo e do médio Otávio, o selecionador luso viu-se obrigado a mexer no ‘onze’, anunciando na véspera que Pepe iria fazer o seu jogo 130 pela seleção ‘AA’ na companhia de Rúben Dias no eixo defensivo, enquanto William Carvalho foi o escolhido para o meio-campo.

O central do FC Porto, com 39 anos, nove meses e três dias tornou-se no português mais velho a jogar em fases finais de campeonatos do Mundo.

De resto, a inclusão de Nuno Mendes entre titulares acabou por ser, de certa forma, esperada, em detrimento de Raphaël Guerreiro, permanecendo os outros oito atletas que alinharam contra do Gana (3-2).

Tal como Fernando Santos, também o selecionador Diego Alonso mexeu em três ‘peças’, com o sportinguista Coates ‘à cabeça’, numa linha de cinco defesas, que contou com Guillermo Varela, outra novidade, e no ataque Edinson Cavani. Martin Cáceres, Luís Suárez e Facundo Pellistri foram os preteridos e Manuel Ugarte, do Sporting, não saiu do banco.

À semelhança do que aconteceu contra a seleção africana na primeira jornada, na qual Portugal se superiorizou, principalmente, nos primeiros 45 minutos, controlando todos os momentos do jogo e não concedendo sequer ocasiões de golo, o mesmo começou por acontecer em Lusail.

Contudo, a maior dificuldade com que a equipa das ‘quinas’ se deparou foi a pressão alta uruguaia no momento da construção, bem como a linha de cinco defesas baixa e coesa, com destaque para a marcação quase individual de Giménez a João Félix, companheiro de equipa no Atlético de Madrid.

Sem conseguir almejar com real perigo a baliza defendida por Rochet – apenas viu as tentativas saírem fora do alvo -, Portugal colocou-se a jeito e ‘abriu’ o meio-campo para Rodrigo Bentancur progredir, fazer um belo ‘túnel’ a Rúben Dias e ficar na ‘cara’ de Diogo Costa, que fez bem a ‘mancha’, aos 30 minutos.

A melhor chance da primeira parte acabou por dar o ímpeto que, provavelmente, faltaria aos comandados de Diego Alonso, enquanto do outro lado faltava velocidade e capacidade de penetração.

Fernando Santos mostrou estar insatisfeito com o que ia vendo e a três minutos do descanso sofreu uma contrariedade, quando Nuno Mendes caiu no relvado para pedir a substituição, saído, depois, em lágrimas para dar lugar a Raphaël Guerreiro.

A toada manteve-se após o intervalo, com Portugal a ter mais bola e, finalmente, a dispor de uma grande chance, graças ao poder de visão de Bernardo Silva, lançando João Félix, que não fez melhor do que atirar para a malhar lateral, momentos depois de um adepto invadir o relvado a correr com uma bandeira ‘arco-íris’.

O momento que deixou o encontro bem encaminhado surgiu para Portugal logo de seguida, pelos pés de Bruno Fernandes, o jogador em maior evidência na equipa lusa neste Mundial, pelo menos no que diz respeito aos números.

Depois de ter desbloqueado o jogo com o Gana, com dois passes para golo, o médio do United quis cruzar para o ‘capitão’ Ronaldo, que não chegou a tocar na bola, acabando por colocá-la diretamente na baliza, aos 54 minutos.

Em vantagem, os ‘papéis’ inverteram-se, com Portugal a baixar as linhas e a dar a iniciativa aos sul-americanos para estes quase reporem justiça no marcador, não fosse a bola rematada pelo recém-entrado Maxi Gómez esbarrar com violência no poste.

A reta final, excluindo o tempo de compensação, foi de verdadeiro sofrimento para Portugal, que não tinha capacidade no meio-campo para travar as investidas adversárias e acabou bafejado pela sorte.

Primeiro, Suárez teve tudo para fazer o 1-1, mas, ao querer ‘fuzilar’, levou a bola à ‘malha’, e, depois, foi De Arrascaeta a deslumbrar-se em boa posição perante Diogo Costa.

A ineficácia apoderou-se dos uruguaios e houve consequências na baliza de Rochet, já que voltou a sofrer, novamente, pelos ‘pés’ de Bruno Fernandes, desta vez da marca de penálti, quando Ronaldo já tinha saído.

O médio podia mesmo ter chegado ao ‘póquer’, numa altura em que o opoente já estava descompensado e não acreditava, mas um boa defesa de Rochet e o ferro impediram que o resultado se dilatasse.

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