Crónica: FC Porto impõe a sua lei em Mafra e segue para os 'oitavos' na Taça

No primeiro duelo da história entre os dois emblemas, os ‘dragões’ chegaram à vantagem logo ao minuto sete, por Marcano, e marcaram o segundo aos 38, por Eustáquio. Já na segunda parte, aos 73, Galeno acabou com o 'sonho' do Mafra em fazer um trajeto semelhante ao da última época, em que chegou às meias-finais.

Sérgio Conceição tinha avisado na antevisão ao duelo com o Mafra que não queria facilitismos no confronto com a equipa da II Liga, sob pena de “acontecer Taça”, e os jogadores entenderam a mensagem.

Logo aos quatro minutos, Eustáquio apareceu isolado na área e só um corte de Fati no último instante impediu o primeiro festejo portista, que viria a acontecer minutos depois, com Marcano, sozinho ao segundo poste, a inaugurar o marcador com um golpe de cabeça, na sequência de um canto.

O Mafra tentou organizar-se, passar mais tempo no meio-campo ‘azul e branco’, mas era sempre o FC Porto a equipa mais perigosa, com Eustáquio em destaque. O médio esteve perto do golo aos 23 e 33 minutos e, aos 38, quebrou finalmente o ‘enguiço’ e dobrou a vantagem portista.

Otávio isolou o luso-canadiano, que, já dentro da área, descaído pela direita, rematou forte e cruzado. Renan ainda tocou na bola, mas o melhor que conseguiu foi um desvio para o poste, com a bola a passar a linha de golo logo depois.

Já na segunda parte, o primeiro sinal de perigo veio do pé esquerdo de Galeno, com o brasileiro, num remate de primeira, a tirar tinta do poste da baliza dos locais.

Na resposta, o Mafra teve a sua melhor oportunidade, depois de um disparate de Eustáquio, que arriscou num passe em zona defensiva e deixou Diogo ‘cara a cara’ com Cláudio Ramos. Valeram aos ‘dragões’ os reflexos do habitual suplente de Diogo Costa, que, com a mão esquerda, defendeu pela linha final.

No lance seguinte, a melhor jogada do encontro quase dava o 3-0 ao FC Porto. Uma triangulação perfeita entre Uribe, Wendel e Galeno colocou Toni Martínez perante Renan e só o brasileiro impediu mais um golo ‘azul e branco’.

Mesmo já sem Sérgio Conceição no banco, depois de ter sido expulso, o vencedor nunca pareceu estar em dúvida, e, aos 73 minutos, Galeno colocou em definitivo uma ‘pedra’ sobre o assunto: na primeira parte do lance, Toni Martínez atirou ao poste e, depois, o brasileiro foi impiedoso na recarga e atirou com precisão para o terceiro golo portista em Mafra.

Com o destino traçado, o Mafra ainda procurou um golo para oferecer aos seus adeptos presentes no Municipal de Mafra, sendo que Pité foi sempre um dos mais inconformados na equipa de Ricardo Sousa, perante um FC Porto que nunca baixou a intensidade.