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Mundial-2022: Bale 'foge' a Di Stéfano, Best e Cantona, Haaland junta-se

Erling Haaland vai engrossar em 2022 a lista de ‘super craques’ que nunca estiveram num Mundial, sendo que, com 22 anos, ainda tem imenso tempo para atingir um objetivo que o galês Gareth Bale concretizará, finalmente, aos 33.

Mundial-2022: Bale 'foge' a Di Stéfano, Best e Cantona, Haaland junta-se

Com a ausência da Noruega, que se ficou pelo terceiro lugar do Grupo G, atrás de Países Baixos e Turquia, o avançado do Manchester City, e líder dos marcadores da Premier League, não estará no Qatar, sendo, inquestionavelmente, o grande ausente.

Haaland foi o melhor marcador dos nórdicos na qualificação, mas os seus cinco golos foram escassos para as necessidades dos noruegueses, que contam apenas três presenças em fases finais, em 1938 e, consecutivamente, em 1994 e 1998.

O ex-jogador de Salzburgo e Borussia Dortmund, autor de 21 tentos em 23 internacionalizações pela seleção principal da Noruega, vai, assim, ter de esperar, mas, para já, ficará em muito boa companhia, de ‘lendas’ como Alfredo Di Stéfano, George Best, Eric Cantona ou Ryan Giggs.

A lista inclui também Valentino Mazzola, Duncan Edwards, Laszlo Kubala, Bernd Schuster, Ian Rush e George Weah, sem esquecer os portugueses, casos de Peyroteo, o ‘maior’ dos ‘cinco violinos’, Fernando Chalana ou Humberto Coelho.

O maior de todos os ausentes é Di Stéfano, que foi ‘Bola de Ouro’ em 1957 e 1959 e é a grande referência da história do Real Madrid, tendo sido decisivo na conquista das primeiras cinco edições da Taça dos Campeões Europeus, entre 1956 e 60.

Nascido em 04 de julho de 1926, em Buenos Aires, e falecido em 07 de julho de 2014, em Madrid, foi melhor marcador dos campeonatos de Argentina, Colômbia e Espanha (cinco vezes) e internacional pelos três países.

Estas ‘trocas’, então permitidas, custaram-lhe a presença na fase final do Mundial de 1954, pois não lhe foi concedido jogar pela Espanha, que viria a falhar em 1958 e voltou em 1962, mas sem ‘La Saeta Rubia’, ausente devido a lesão.

No pódio dos ausentes também está o ‘bad boy’ George Best, que teve o ‘azar’ de nascer em Belfast, na Irlanda do Norte, em 22 de maio de 1946, para morrer em 25 de novembro de 2005, com apenas 59 anos, fruto de uma vida muito pouco regrada.

Considerado um dos melhores jogadores britânicos da história, o sempre irreverente Best encantou no Manchester United, numa relação que teve como ponto alto o título europeu conquistado em Wembley (1968), face ao Benfica.

Por diversas vezes, a Irlanda do Norte esteve perto de se qualificar para o Mundial na ‘era’ Best, mas quando o conseguiu, em 1982, já era tarde demais para o então ex-número 7 do United, que estava com 36 anos, ‘perdido’ nos Estados Unidos.

Na preciosa lista de antigos ‘7’ dos ‘red devils’, um outro jogador nunca esteve num Mundial, o francês Eric Cantona, jogador nascido em 24 de maio de 1966, há 56 anos, em Marselha.

Entre 1987 e 1995, Cantona representou a França por 45 vezes (20 golos), mas, ainda a atuar em ‘casa’, não foi eleito para o Mundial de 1990 e, quatro anos volvidos, os gauleses falharam o apuramento para o Mundial dos Estados Unidos.

Desta forma, o jogador que mais brilhou ao serviço do Manchester United na década de 90, com exibições e golos memoráveis, tanto quanto um pontapé, estilo ‘kong fu’, a um adepto, nunca pôde mostrar a sua arte num Mundial.

Vencedor de duas ‘Champions’ e 13 edições da Liga inglesa, também pelo United, Ryan Giggs, dono de um pé esquerdo notável, onde a bola se colava, antes de arrancar, para marcar ou assistir, nunca conseguiu, igualmente, disputar uma fase final.

Giggs, que terminou a carreira em 2013/14, foi vítima dos consecutivos falhanços do País de Gales, que, depois da presença de 1958, só se conseguiu apurar para a edição 2020, o que vai, tudo indica, permitir a saída da lista de Gareth Bale.

Grande ausente das últimas duas edições, numa altura em que era uma das grandes figuras do Real Madrid, o também esquerdino vai, aos 33 anos, disputar o seu primeiro Mundial, já em trajetória descendente na carreira, mas ainda com muita classe.

A atuar nos Estados Unidos, ao serviço dos Los Angeles FC, Bale, que em 2016 conduziu o estreante País de Gales às meias-finais do Europeu, caindo perante Portugal, vai poder pela primeira vez atuar na maior competição do futebol.

Bale, como Best ou Giggs, foram vítima dos falhanços dos respetivos países, como o galês Ian Rush, avançado que brilhou intensamente no Liverpool, equipa na qual atuava na mesma altura um guarda-redes que também nunca pôde ir a uma fase final, o zimbabueano Bruce Grobbelaar.

A nacionalidade explica igualmente as ausências do avançado liberiano George Weah, ‘Bola de Ouro’ e ‘Jogador do Ano’ da FIFA em 1985, do médio Abedi Pelé – o Gana só se estreou em 2006 - ou do avançado finlandês Jari Litmanen.

Entre os grandes ausentes entram também duas vítimas de tragédias, de dois acidentes de avião: o italiano Valentino Mazzola perdeu a vida em Superga (1949), a um ano de poder brilhar no Mundial de 1950, e o inglês Duncan Edwards, de 21 anos, faleceu na sequência do desastre de Munique (1958).

Se uns não puderam, outros não quiseram, caso de Bernd Schuster, o brilhante médio da seleção alemã que, depois de encantar no Europeu de 1980, levando a RFA ao cetro, abandonou a ‘Mannschaft’ aos 24 anos, por desentendimentos com o selecionador e algumas das ‘estrelas’ da seleção.

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