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Ricardo Costa solidarizou-se com Hermínio Loureiro, que lhe pediu para permanecer

O presidente da Comissão Disciplinar (CD) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional disse hoje ter-se solidarizado com Hermínio Loureiro quando este pediu a renúncia da presidência da Liga, mas afirmou que este lhe pediu para permanecer no cargo.

Em entrevista à estação de televisão SIC Notícias, Ricardo Costa desmentiu a afirmação do presidente do FC Porto, Pinto da Costa, baseada em ''altas figuras da Liga de Clubes'', de que Hermínio Loureiro se tinha demitido porque o líder da CD não atendeu a um seu pedido para renunciar.

“No final da tarde da passada quarta feira, eu estive a dar aulas em Coimbra. O presidente Hermínio Loureiro telefonou-me, estava extraordinariamente indignado e revoltado com a decisão do Conselho de Justiça da Federação, já sabia do seu conteúdo, e comunicou-me que, depois de ponderação durante a tarde, tinha tomado a decisão individual de se demitir e renunciar ao cargo”, explicou Ricardo Costa.

O presidente da CD assumiu ter ficado “surpreendido” e manifestado disponibilidade para se solidarizar: “Ele solicitou-me a mim, de imediato, que não o fizesse e que iria solicitar isso às principais figuras da Liga, para que não fosse afetado, de nenhuma maneira, o normal funcionamento da competição até ao final da época desportiva”.

Assumindo ter “todas as condições” para se manter no cargo, Ricardo Costa relativizou o facto de o Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol ter reduzido os castigos que a CD da Liga tinha aplicado aos jogadores do FC Porto Hulk e Sapunaru.

“Foi apenas uma decisão do CJ que alterou uma decisão da CD e nós, ao longo destes quatro anos, já vamos em 470 processos disciplinares decididos e, portanto, este foi mais um recurso dos 66 apresentados no CJ. Durante estes quatro anos, já tivemos três CJ, quatro presidentes do CJ e em 85 por cento dos recursos tivemos ganho total. Só em três processos tivemos uma alteração, com uma revogação das decisões”, detalhou.

Ricardo Costa distinguiu as “molduras penais muito distintas”, previstas nos regulamentos da Liga, para “as agressões dos jogadores”.

Considerou que uma delas é “excessiva e grave, entre seis meses e seis anos, para agressões contra árbitros, dirigentes, delegados ou jogo e os agora famosos outros intervenientes no jogo com acesso ou permanência no recinto desportivo”, e a outra serve “para punir jogadores em jogos, no máximo cinco”.

“Neste campo das agressões dos jogadores, a desproporção era notória e a decisão do CJ veio demonstrá-la”, assinalou Ricardo Costa, apontando a definição de “recinto desportivo” como fulcral para a decisão.

Segundo o presidente da CD da Liga, “basta mudar de um artigo para o outro, de uma agressão contra assistente de recinto desportivo para uma agressão contra o público, para se passar de três e quatro meses para três e quatro jogos”.

Para Ricardo Costa, a Liga deve estar “muito tranquila” quanto a um pedido de indemnização do FC Porto, depois de hoje o presidente portista, Pinto da Costa, ter apontado para um pedido na casa das dezenas de milhões de euros.

Apesar de se dizer vítima de uma “estratégia de extermínio desta CD”, e assumindo que “todos os elementos da CD se sentem muito incomodados com esta situação”, Ricardo Costa assegurou que “nada abala a CD”.

“Vou sair da CD com 37 anos e o futebol foi uma excelente escola de vida”, sobretudo pela “falta de princípios e valores das pessoas”, salientando ser um “seríssimo candidato a deixar o futebol, em junho”.

Segundo Ricardo Costa, as conferências de imprensa que promove para anunciar castigos servem para “explicar aos adeptos as importantes decisões” tomadas, pondo um ponto final na “opacidade” na justiça desportiva: “Dando um sinal de que não temos nada a esconder”.

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