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Varzim: Jogadores têm três meses de salários em atraso, mas não poderam greve

Os jogadores do Varzim, da Liga de Honra de futebol, têm três meses de salário em atraso, mas não ponderam fazer um ultimato à direcção, à semelhança do que aconteceu noutros clubes.

O presidente poveiro, Lopes de Castro, confirmou hoje à Agência Lusa que os ordenados de Março já venceram e que o último salário liquidado foi relativo a Dezembro, o que perfaz três meses de atraso.

Em declarações à Lusa, o ''capitão'' poveiro Alexandre diz que o problema está a ser tratado ''olhos nos olhos, diariamente'', e que a decisão de ''esperar'' é ''consensual'' no plantel.

''Respeito os jogadores que se decidem pela greve, mas ainda não vi ninguém fazer isso e receber. O plantel tem um grande orgulho no Varzim e quer que se fale no clube pela positiva'', afirmou o futebolista.

Alexandre põe de lado a hipótese de um pré-aviso de greve ou da ameaça de rescisões unilaterais de contrato, situações protagonizadas recentemente pelos plantéis do Boavista e do Beira-Mar, respectivamente.

Lopes de Castro também não admite rescisões unilaterais, porque os jogadores ''acreditam que a direcção vai resolver tudo até ao fim da época''.

''É uma situação desagradável e estamos sensíveis aos compromissos dos jogadores, que têm tido um comportamento correcto connosco. Esperamos devolver essa confiança até ao fim do campeonato (11 de Maio), como esta direcção tem sempre conseguido'', garantiu Lopes de Castro.

O dirigente sublinha que o problema do Varzim é de ''tesouraria'', já que as receitas correntes estão penhoradas pelo Fisco, uma situação que deve ser desbloqueada ''nos próximos dias'', com a assinatura de um Processo Especial de Conciliação (PEC) para o pagamento de cerca de 1,5 milhões de euros ao erário público.

O presidente dos ''lobos do mar'' apela ainda à discussão, na Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), do problema dos ''contratos paralelos'' e da falta de receitas da Liga de Honra, que apelida de ''desastre''.

O Varzim vive há vários anos em situação de crise financeira, sendo que o relatório e contas relativo à época desportiva 2006/07 apresenta um passivo de seis milhões de euros.

Devido a várias penhoras das Finanças, os ''lobos do mar'' têm sobrevivido apenas à custa de quotizações, receitas de jogos e venda de jogadores.

O projecto do novo estádio, cujo início de construção tem vindo a ser adiado há cerca de um ano, tem sido apresentado como a ''salvação'' para a difícil situação financeira que o clube atravessa.

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