O treinador Julen Lopetegui garantiu hoje ter “forças para continuar” a treinar o Real Madrid, apesar da “tristeza” da goleada 5-1 na visita ao FC Barcelona, que deixa a equipa em nono lugar.
“Na minha cabeça está apenas a vontade de levantar o moral dos meus jogadores. Sem dúvida alguma (que tenho condições para continuar). Não sou quem toma as decisões. já disse o que penso, o resto não é responsabilidade minha”, comentou o técnico.
Lopetegui não vence há cinco jogos no campeonato e só venceu um dos últimos oito encontros nas várias competições - à goleada frente ao eterno rival, líder isolado da Liga, com 21 pontos, soma-se o nono lugar dos ‘merengues’, com menos sete pontos do que o campeão.
“Estou triste, tal como o balneário, mas tenho forças. Estamos em outubro. É um desafio duro, mas tenho forças para pensar que é reversível. Acredito que o grupo vai crescendo”, disse.
Lopetegui acredita que pode “melhorar a equipa, levantar-lhe o moral”, confiando que o tricampeão da Europa tem “uma equipa com futuro”: “Nas últimas semanas aconteceu-nos de tudo, mas estou convencido de que a má dinâmica vai terminar”.
Quanto ao jogo em Barcelona, considerou a goleada “excessiva”, pois defendeu que o seu conjunto “teve o controlo na segunda parte”, na qual acha que o rival “não teve oportunidades”.
"Tivemos várias situações claras para empatar ou dar a volta. Eles foram melhores na primeira parte, mas não devia estar 2-0 ao intervalo. Depois, com as alterações que fizemos, tivemos oportunidades e uma bola no poste. Não marcámos e depois vieram as lesões e os azares. O terceiro golo acabou com as nossas esperanças e o resultado final é um castigo. No futebol a este nível, se não formos contundentes, isso vai minando o moral”, lamentou.
Ernesto Valverde, treinador do Barcelona, defendeu o companheiro de profissão, garantindo que não gosta de ver "treinadores despedidos, nem Lopetegui, nem o do Huesca nem o do Barcelona, claro".
Lopetegui, que passou duas épocas pelos ‘dragões’ sem conquistar qualquer troféu, e que ‘traiu’ a seleção de Espanha a dois dias do início do Mundial2018, frente a Portugal, para se juntar aos ‘merengues’, tem a sua continuidade posta em causa e os media espanhóis multiplicam-se em apostas para a sua sucessão.
O médio brasileiro Casemiro assumiu que a goleada em Camp Nou foi “um desastre” e o espelho do que tem sido a época do Real Madrid, ‘afundado’ no nono lugar do campeonato espanhol.
“Foi a imagem da época que temos feito. É o que estamos a fazer. Não podemos culpar o treinador [Julen Lopetegui], a culpa é dos jogadores, dos que jogamos. É o reflexo da época”, disse no final o internacional brasileiro.
Já Luís Suárez, o ‘homem do jogo’ numa partida que não contou com o lesionado Lionel Messi, e em que o uruguaio marcou três golos, disse entender a situação que vive o grande rival.
“É difícil ser jogador, estar dentro e conviver com situações que não fazem bem à equipa. Contribui para maus jogos. O futebolista é autocrítico, mas entendo a situação porque somos colegas”, disse o avançado uruguaio.
Suárez não foi claro em relação a situações concretas, mas em relação ao jogo sublinhou que o ‘Barça’ soube sentenciá-lo quando o adversário, à procura do empate, deixou espaço na defesa.
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