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O Boavista recebeu hoje as acusações da Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) relativas a três casos de corrupção decorrentes do processo ''Apito Dourado'', disse à Agência Lusa fonte do clube.
A fonte não especificou o teor das acusações nem os jogos em causa, mas garantiu que se trata de três processos que foram arquivados pelo Ministério Público, um dos quais já pela equipa liderada pela procuradora Maria José Morgado.
O facto de existir acusação por parte da Comissão Disciplinar da Liga indica que, apesar de a Justiça não ter encontrado indícios suficientes para levar o caso a tribunal, o órgão presidido por Ricardo Costa considera haver matéria para procedimento disciplinar.
Segundo a imprensa de hoje, em causa estão três acusações de coacção sobre as equipas de arbitragem nos jogos Benfica-Boavista (3-2), Belenenses-Boavista (1-1) e Boavista-Académica (0-0).
O regulamento da Liga prevê as penas de despromoção e multa de 50.000 a 200.000 euros para este tipo de ilícito desportivo, que terá sido cometido na época 2003/04, sobre as equipas de arbitragem lideradas por Elmano Santos, Bruno Paixão e Jorge Sousa, respectivamente.
O arquivamento dos processos pelo Ministério Público leva a fonte contactada pela Lusa a afirmar que a “hipótese de descida de divisão não se coloca”.
O anterior presidente do Boavista João Loureiro, que liderava o clube à data dos factos, é acusado nos dois primeiros processos, que lhe podem valer uma suspensão por um período de um a oito anos e uma multa entre 2.500 e 25.000 euros.
Além do Boavista, actualmente presidido por Joaquim Teixeira, a LPFP acusou também o FC Porto de corrupção na forma tentada aos árbitros de dois jogos da mesma temporada (Estrela da Amadora e Beira-Mar), incorrendo os bicampeões nacionais na pena de subtracção de seis pontos e multa.
