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Pinto da Costa questiona justiça com critérios diferentes sobre Carolina Salgado

O presidente do FC Porto questionou hoje a justiça portuguesa a propósito da credibilidade de Carolina Salgado como testemunha central em diversos processos de acusação no âmbito da operação ''Apito Dourado''.

Pinto da Costa, em entrevista ao Jornal da Noite da SIC, recordou que os processos de corrupção contra si foram reabertos após o lançamento do livro ''Eu, Carolina'', da autoria da sua ex-companheira, e explicou que, no caso da agressão a Ricardo Bexiga, na altura vereador socialista em Gondomar, o mesmo não aconteceu, tendo já tudo sido arquivado.

''Como é que uma testemunha merece credibilidade nas acusações feitas a mim e não merece quando se acusa a si própria nas acusações a Bexiga'', questionou Pinto da Costa, recorrendo a artigos de opinião de Miguel Sousa Tavares e Joana Amaral Dias.

Adiantando que Carolina Salgado, ''até certo ponto'', foi a maior ''surpresa'' da sua vida, Pinto da Costa disse ainda que o arquivamento do processo das agressões a Ricardo Bexiga é uma ''anormalidade''.

''Como poderia eu ser apresentado como mentor de uma agressão, se, mesmo que fosse capaz de o fazer, nem conheço Ricardo Bexiga. Carolina Salgado é que diz que era capaz de o fazer. Mas esse nome (Bexiga) nunca foi proferido por ela ou por alguém ligado a ela à minha frente'', disse.

Pinto da Costa referiu também na SIC que continua a pôr ''as mãos e o pescoço no lume'' por Pinto de Sousa, ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol e um dos envolvidos no processo ''Apito Dourado'' e, sem o afirmar claramente, deixou no ar a possibilidade de Maria José Morgado (procuradora geral adjunta) e Saldanha Sanches, seu marido, o estarem a perseguir.

''Fazem-me essa pergunta muita vez (da perseguição)'', atirou Pinto da Costa, recordando também as declarações de Saldanha Sanches sobre um alegado ordenado de 400 euros de Pinto da Costa como presidente do FC Porto.

O dirigente ''azul-e-branco'' falou ainda da sua biografia publicada pela jornalista Felícia Cabrita, salientando nunca ter dado autorização para o efeito ou sequer qualquer consentimento ou declaração.

''Dizem que disse que o Ministério Público é como a PIDE. Não disse nada disso. Mas questiono: como pode um procurador geral da República dizer desconhecer se o seu telefone está ou não sob escuta? Mas os pressupostos para essa acusação não são válidos, porque não são verdadeiros''.

Pinto da Costa assumiu também que o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, foi seu ''inimigo'' no processo ''Apito Dourado'' mas escusou-se a avançar com a expressão ''conluio''.

''Recordo-me que os processos estavam a ser arquivados quando saiu o livro e Hermínio Loureiro (actual presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional) disse-me que lá em baixo (em alusão a Lisboa) estavam muito esperançados no livro de Carolina. Mas sabemos que existe um original do livro completamente diferente. Este foi escrito por uma jornalista que, um dia, saberão quem é''.

Sobre o alegado envolvimento de elementos da claque Super Dragões nos crimes na noite do Porto, Pinto da Costa revelou-se ''nada incomodado''.

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